Sentimento do consumidor do Japão cai a nível recorde

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O sentimento do consumidor japonês sobre a economia do país piorou para nível recorde de baixa no primeiro trimestre deste ano, uma vez que a crise econômica global reforçou as preocupações com as condições de emprego, mostrou pesquisa trimestral do Banco do Japão (BOJ, o banco central japonês) divulgada hoje.

O índice de difusão do sentimento do consumidor recuou para -88 9 em março deste ano, de -81,9 em dezembro do ano passado, renovando o recorde de baixa pela segunda pesquisa consecutiva. A pesquisa, iniciada em 1996, subtrai o número de consumidores que viram piora nas condições econômicas em relação ao ano anterior daqueles que viram melhora, para chegar no índice de difusão.

Com sinais de aprofundamento da recessão, 44,3% dos consumidores acreditam estar mais preocupados com as condições de emprego no início deste ano, contra 42,4% na pesquisa do fim do ano passado. Trata-se do nível mais alto desde que o banco central japonês começou a fazer essa pergunta, em março de 1998.

Entre os consultados, 65,7% disseram ao BOJ que gastarão menos ao longo de 2009, contra 63,8% na pesquisa anterior em relação a 2008. Mas os consumidores acreditam que as condições vão se recuperar de alguma forma nos próximos 12 meses. O número de consumidores que acreditam que a economia vai piorar declinou, com o índice atingindo -33,5 em março, de -47,9 em dezembro.

Venda de veículos

As vendas domésticas de carros novos, caminhões e ônibus caíram 31,5% em março no Japão, para 323.063 unidades, ante o mesmo período do ano passado, de acordo com a Associação dos Revendedores de Automóveis. Foi o oitavo mês de queda consecutiva.

As vendas de automóveis, medidas pelos registros dos veículos feitos pelo governo, são os primeiros números relativos aos gastos dos consumidores a serem divulgados no mês. Por isso, são observadas de perto. O dado não inclui vendas de minicarros e minivans.

A Associação Japonesa de Fabricantes de Automóveis disse recentemente que as vendas domésticas de veículos deverão ser 8% menores, em 4,298 milhões de unidades, no ano fiscal encerrado ontem.