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Wilza: câmbio pode atrapalhar as compras nos Estados Unidos | Irene Roiko/ Gazeta do Povo
Wilza: câmbio pode atrapalhar as compras nos Estados Unidos| Foto: Irene Roiko/ Gazeta do Povo

Seguro-viagem

Viajante assustado sempre quer economizar nos mínimos centavos. Mas cortar o seguro-viagem, indispensável para destinos europeus, por exemplo, pode ficar mais caro depois, em caso de emergências. Em média, custa US$ 100 e varia conforme a cobertura e o período de permanência.

R$ 2,244 foi a cotação de fechamento do dólar comercial ontem. O número representa queda de 0,66% sobre o dia anterior.

Apreensivo com a movimentação do câmbio, o mercado de turismo está sob suspense. Quem tem viagem marcada para julho aguarda a estabilização da taxa para comprar a moeda americana. Nas agências de viagem, o ritmo de venda de pacotes reduziu, em média, 8% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o empresário Celso Tesser, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem (ABAV-PR). "O brasileiro aprendeu a antecipar suas compras. Os pacotes de viagem para julho foram vendidos entre março e abril. Agora estamos negociando as férias de verão", explica.

INFOGRÁFICO: Em relação ao ano passado, o mesmo destino internacional hoje custa 10% mais caro

O aumento de 7,8% entre a cotação de 29 de maio (R$ 2,08) e ontem (R$2,244) tem impacto no preço dos produtos turísticos, cotados em dólar. Com uma viagem mais cara para o mesmo destino, as agências têm feito adaptações em roteiros para adequá-la ao orçamento do cliente. "Quando o cliente vê a conversão em reais, fica apreensivo para fechar o negócio", diz Márcia Scremin, consultora de vendas da agência JM Travel Negócios e Turismo, de Curitiba.

Os ajustes nos roteiros também incluem trocas de destino, redução de categorias de hospedagem ou no tempo de permanência. "Os clientes pedem cotação para diferentes lugares – Nordeste, Buenos Aires ou Miami – para depois escolher o que cabe no bolso", explica Aline Moro, supervisora da loja Batel da MGM Operadora.

Com passagens compradas desde janeiro, a professora Wilza Lopes, 44 anos, tem planos de passear durante o mês de julho nos Estados Unidos. Ela, o marido Wilson e a filha Letícia vão acompanhar o caçula Arthur, que fará um workshop de natação em Jacksonville, no norte da Flórida. A família segue em uma viagem de carro ao longo Costa Oeste do país. Wilza diz que a variação do câmbio talvez interfira nas compras, mas que em momento algum pensou em cancelar a viagem.

A alta do dólar vai doer mais no bolso de quem está de viagem marcada para julho, mas ainda não comprou todo montante de dinheiro que precisa, seja em espécie ou cartões pré-pagos. O prejuízo é maior com o cancelamento do pacote (média de 20% do valor). Dessa forma, o viajante fica sujeito à cotação vigente até a véspera da viagem. "Agora todo mundo está esperando para ver em que patamar a moeda vai estabilizar, para então fazer a compra", diz Alessandro Catenaci, diretor da Flex Câmbio e Turismo, de Curitiba.

Para evitar surpresas com o dólar, a orientação é sempre comprar aos poucos. "O pacote turístico é pago em parcelas. Mas a moeda é à vista, principalmente quando negociada na última hora. Na compra fracionada, entre a aquisição da viagem e a data de embarque, o cliente faz uma cotação média, que causa menos impacto no orçamento", explica.

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