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A Reputation.com tem mais de 120 funcionários, mas a gestão de imagem on-line pode ser oferecida por um programador experiente. A Metal Rabbit Media, por exemplo, ainda funciona num apartamento ensolarado e de dois quartos em Chelsea, onde o proprietário Bryce Tom passa seus dias em frente a dois computadores, escrevendo códigos que tentam burlar as ferramentas de busca. A empresa tem um funcionário e dois free-lancers.

Numa tarde recente, Tom preparava o briefing de um novo cliente, descrevendo como a consultoria "arrumaria" a Wikipedia e os principais resultados relacionados ao nome do sujeito em diversos serviços de busca. Nas paredes do escritório estavam penduradas cópias de pesquisas feitas no Google e verbetes da enciclopédia virtual sobre seus clientes: uma estrela de reality show, uma atriz de cinema e um executivo. Tom chama esse mural de sua "parede da fama".

O preço para aparecer bem na foto on-line varia muito. Nos casos mais simples, a Reputation.com cobra entre US$ 120 e US$ 600 por ano. "Celebridades, políticos e executivos de alto escalão não têm tanta sorte. Para esse público, o serviço custa entre US$ 5 mil e US$ 10 mil por mês, devido ao elevado nível de sofisticação empregado na atividade e também por que o que está em jogo também é mais valioso", explica Tom.

Nomes

"O mais difícil é quando o nome do cliente é muito diferente", acrescenta Don Sorenson, fundador da Big Blue Robot, gestora de reputação on-line de Orem, em Utah, que presta serviço para empresas. "Se você tem um sobrenome como Smith ou Brown, é possível alcançar melhores resultados, mas caso o seu nome seja mais exclusivo, será mais difícil esconder os resultados indesejados." Houve casos em que as pessoas mudaram legalmente de identidade.

Para Julia Allison, a ex-colunista que ganhou má fama no Gawker, o caso não chegou a tanto. Ela compara o arranhão na sua imagem on-line a uma grande tatuagem. "Tecnicamente, é possível removê-la, mas é um processo doloroso e caro. Além disso, não há garantia de que ela será 100% apagada."

A experiência fez com que Julia se tornasse mais cautelosa com o que compartilha na internet. "Eu escrevia muitos palavrões e agora me arrependo de algumas das fotos de lingerie, mas acredito que são erros relativamente comuns da juventude. O problema é que eles são erros que agora vão me perseguir para sempre", conclui.

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