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Os serviços cresceram menos em outubro, sob o impacto das eleições realizadas no mesmo mês, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A receita nominal, que não considera as perdas com a inflação, subiu 5,2% em relação a outubro de 2013. Em setembro, a alta tinha sido de 6,4%.

INFOGRÁFICO: Veja o faturamento do setor de serviços no mês de outubro

"O desempenho do setor mantém a tendência de enfraquecimento, compatível com os principais condicionantes de demanda: mercado de trabalho, mercado de crédito e confiança do consumidor", afirmou Rafael Bacciotti, analista da Tendências Consultoria Integrada.

Na avaliação do economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Alves de Melo, a pesquisa reforça a percepção de fraqueza da atividade econômica. "A confiança do setor tem mostrado sinais ruins, o que casa um pouco com o tem acontecido com o dado", disse.

As eleições tiveram impacto direto na retração dos serviços audiovisuais e de promoção de eventos. Dentro dos serviços prestados às famílias, o ramo de alojamento e alimentação cresceu 8,5%, mas a parte de outros serviços prestados às famílias recuou 3,5%, puxados pela promoção de eventos culturais, que abrangem atividades artísticas, criativas e de espetáculos. "Como foi um mês de eleição, não houve eventos culturais", explicou Roberto Saldanha, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.

No setor de serviços de informação e comunicação, os serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias tiveram retração de 1,6%. "(A queda) Foi principalmente na TV aberta e edição associada à impressão, que respondem por 75% dos serviços audiovisuais. No mês da eleição, tivemos horário gratuito. Para qualquer TV, uma hora de serviço gratuito é uma hora que as empresas deixam de arrecadar", justificou Saldanha.

Empresas aéreas

Outro reflexo das eleições foi a redução do fluxo de passageiros corporativos em outubro, que prejudicou o resultado do transporte aéreo no mês. Houve alta de apenas 0,3% em relação a outubro do ano passado. "Como foi um mês de negócios fracos, não houve crescimento no corporativo. E o segmento de lazer não foi suficiente para aumentar a receita das empresas aéreas", disse Saldanha.

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