O setor de aviação vê espaço para redução no preço do combustível das aeronaves, o que coincide com alternativa para conter os preços das passagens aéreas apresentada nesta quarta-feira pelo diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi.
Em audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Crise Aérea na Câmara, Zuanazzi defendeu nesta manhã medidas para evitar elevação no preço das passagens, cenário considerado provável pelo governo em função do remanejamento de vôos no Aeroporto de Congonhas após o acidente com Airbus da TAM que deixou cerca de 200 mortos na semana passada.
Uma primeira redução no preço do querosene, de 0,5 por cento, é esperada pela indústria em 1o de agosto, segundo uma fonte da iniciativa privada. Essa redução anularia o aumento acumulado no ano.
Para o consultor George Ermakoff, que presidia até novembro o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), o governo também pode tentar reduzir o preço do querosene mudando a fórmula de ajuste do combustível pela Petrobras. As companhias aéreas têm esse pleito há anos.
A Petrobras passou a cobrar pelo querosene um preço alinhado com o mercado internacional após a abertura do mercado de petróleo, em 1997. Antes da flexibilização do monopólio do petróleo, o preço era balizado pela média praticada no Oriente Médio, o índice Platts.
"Depois que abriram o mercado, a Petrobras criou um custo hipotético de frete, seguro e perda no transporte, apesar de produzir aqui (Brasil), que deixou o querosene 15 por cento mais caro", explicou Ermakoff.
Segundo o consultor, várias tentativas de revisão da fórmula já foram feitas junto à estatal, sem sucesso.
A Petrobras confirmou, por meio da assessoria de imprensa, que produz todo o querosene que vende no Brasil e pratica preços internacionais. "Não podemos praticar preços fora do mercado internacional por causa da concorrência, é um produto de consumo mundial", afirmou um assessor.
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