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O setor brasileiro das latas de alumínio deve crescer ainda mais em 2007, depois de aumentar a produção e as vendas em 10 por cento em 2006, atingindo 10,7 bilhões de unidades, disse na sexta-feira um dirigente do setor.

"Todas as indicações são de que 2007 será mais um ano muito bom para o setor", disse Renault de Freitas Castro, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Latas Altamente Recicláveis (Abralatas), em entrevista telefônica à Reuters.

Segundo ele, foram vendidas 3,71 bilhões de latas de bebidas no primeiro quadrimestre no país, 13,2 por cento a mais que no mesmo do ano anterior.

"O aumento na produção e vendas de 430 milhões de latas no período de quatro meses é o equivalente ao dobro de todo o consumo de latas de bebida de alumínio na Argentina", disse Castro.

Ele acrescentou que o real fortalecido ajuda o setor, já que a principal matéria-prima é cotada em dólar -que na sexta-feira vale 1,90 real, menor valor da moeda norte-americano desde novembro de 2000.

"A apreciação do real contra o dólar reduziu os custos da produção de latas de alumínio em comparação a outros tipos de embalagem, como as garrafas de vidro," disse Castro.

A descentralização na produção de latas e o aumento da renda média dos brasileiros nos últimos anos também ajudaram o setor, segundo dados da Abralatas.

A fábrica Rexam abriu nos últimos dois anos uma nova instalação em Cuiabá para atender ao mercado mato-grossense. Além disso, a Rexam e a Crowne Embalagens abriram fábricas em Manaus.

Tanta produção faz as latas ganharem espaço sobre embalagens alternativas, segundo Castro.

Nos primeiros dois meses do ano, as latas de alumínio dominavam 30,4 por cento do mercado brasileiro de cerveja. No mesmo período de 2006, as latas ocupavam apenas 28 por cento do mercado.

"Tivemos um excelente verão -mas notamos que, quando chove, o consumo de cerveja como um todo cai", disse Castro. Ele acrescentou que, como o mercado das latas de bebidas é sazonal, ainda é cedo para prever a produção de 2007.

O setor como um todo ainda produz abaixo da sua capacidade instalada, de cerca de 14 bilhões de unidades por ano, e os estoques são mínimos, equivalentes a apenas dois ou três dias de produção, segundo o dirigente.

Castro acrescentou que em 2006 o setor deve ter repetido a taxa de reciclagem de 96,2 por cento obtida em 2005, a maior do mundo naquele ano.

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