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Os serviços não-financeiros, com receita operacional líquida de R$ 326,6 bilhões em 2003, empregaram 6,8 milhões de pessoas, segundo a pesquisa anual de serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da queda real da receita, de 4,2% de 2002 a 2003, o pessoal ocupado ficou praticamente estável. Mas a comparação com 1998, quando a pesquisa foi iniciada, mostra uma mudança estrutural no mercado de trabalho: o setor é o que mais vem absorvendo mão de obra na economia, inclusive de trabalhadores oriundos da indústria e da agricultura. A expansão de 28,4% no total de pessoas ocupadas entre 1998 e 2003 foi mais expressiva que a da população economicamente ativa (PEA), que foi de 14,2% no período.

No Paraná, o setor registrou números positivos em todos os indicadores pesquisados pelo IBGE. Ao contrário da média brasileira, a receita bruta das prestadoras de serviços cresceu 15,8% em relação a 2002. O setor de serviços do estado respondeu por 5% do total das receitas no Brasil e a 35,8% na Região Sul, contra 41,1% do Rio Grande do Sul. O número de empresas cresceu quase 10%. Das 76.819 empresas em 2003, 37% pertenciam aos segmentos de restaurantes, bares, hotéis, atividades recreativas e culturais, cabeleireiros, lavanderias, costura e atividades de ensino de línguas e informática.

Já o número de empregados cresceu apenas 1% de um ano para outro, chegando a 406.088 postos de trabalho no mercado formal. Segundo a gerente de análise de dados da coordenação de serviços e comércio do IBGE, Clician do Couto Oliveira, o crescimento da ocupação, embora pequena, é relevante e mostra o aumento da terceirização.

O segmento de serviços que apresentou o maior faturamento foi o de transportes, com R$ 6,5 bilhões, respondendo por 34% do total das receitas. Somente as 7 mil empresas de transporte rodoviário faturaram R$ 3,6 bilhões e pagaram salários no valor de R$ 637,7 milhões aos seus 69,7 mil empregados. O menor valor de receitas ficou com serviços de manutenção e reparação. As 9 mil empresas faturaram pouco mais de R$ 331 milhões.

Crescimento

No cenário nacional, o setor de serviços foi equivalente a 53% do PIB e tende a crescer. "Em países como Estados Unidos, chega a representar 80%", diz a gerente do IBGE. O IBGE contabilizou 992.748 empresas atuando no setor de serviços não-financeiros no país. A maioria está no ramo de serviços prestados às famílias (alojamento, serviços culturais, ensino), com 366,8 mil empresas, mas tem receita de apenas R$ 31 bilhões ou 9,5% do setor do faturamento do segmento. O salário médio mensal foi de 1,6 salários mínimos, contra 8 salários mínimos (R$ 2,4 mil) do setor de informação, que paga os valores médios mais altos do setor de serviços.

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