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As contas do setor público - que reúne governo central, Estados, municípios e empresas estatais - apresentaram um superávit primário de R$ 13,6 bilhões em março. O resultado do mês passado é o maior para meses de março desde o início da série, em 2001, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Banco Central (BC). O superávit primário representa a economia para o pagamento dos juros da dívida pública.

O número de março ficou perto do teto das previsões dos analistas, que esperavam um superávit primário entre R$ 9,8 bilhões e 13,8 bilhões. O resultado foi impulsionado principalmente pelas contas dos governos regionais (Estados e municípios), que apresentaram superávit primário de R$ 4,436 bilhões em março. Enquanto os governos estaduais tiveram saldo positivo de R$ 4,274 bilhões, os municipais mostraram superávit de R$ 162 milhões.

Já as contas do governo central (Previdência Social, Banco Central e Tesouro Nacional) foram superavitárias em março em R$ 9,676 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram déficit de R$ 511 milhões. As estatais federais tiveram déficit de R$ 298 milhões, enquanto as estaduais mostraram déficit de R$ 260 milhões. Apenas as estatais municipais apresentaram um pequeno superávit, de R$ 47 milhões.

No primeiro trimestre de 2011, as contas do setor público acumularam um superávit primário de 4,20% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 39,262 bilhões. Nos 12 meses encerrados em março, o superávit primário subiu para 3,23% do PIB (R$ 121,858 bilhões). Este resultado em 12 meses ultrapassou a meta de R$ 117,9 bilhões.

Vale ressaltar que o resultado de 12 meses é inflado pelos mais de R$ 30 bilhões da manobra contábil realizada na Petrobras em 2010: quando houve a capitalização da estatal, em setembro, o governo fez uma operação que acabou gerando uma receita extraordinária nesse montante, o que ajudou o setor público a melhorar o seu resultado fiscal.

Dívida pública

A dívida líquida do setor público atingiu em março R$ 1,507 trilhão, o equivalente a 39,9% do PIB, segundo os dados do BC. Em fevereiro, a dívida somava R$ 1,491 trilhão, o que representava os mesmos 39,9% do PIB. A dívida bruta do governo geral - que exclui o Banco Central e as empresas estatais - somou em março R$ 2,113 trilhões, o equivalente a 56% do PIB. Em fevereiro, a dívida bruta somava R$ 2,083 trilhões, o correspondente a 55,8% do PIB.

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