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A expectativa da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras) é que o faturamento do setor cresça apenas 1,5% nesse ano, se comparado ao desempenho em 2005. O cenário é pouco otimista: a base de comparação é fraca – o incremento em 2005 foi de 0,66% na relação com 2004 – e a expectativa inicial (entre 2% e 3%) foi reduzida depois do resultado negativo em 2,74% no primeiro semestre.

O presidente da associação paranaense, Everton Muffato, aposta em um aquecimento nas vendas de dezembro para recuperar o fraco desempenho ao longo dos últimos 10 meses, e assim, evitar que o segmento feche o ano no vermelho. Neste período, a associação espera um crescimento entre 30% e 40% nas vendas. No Paraná, segundo a Apras, não houve queda no volume de vendas, mas no faturamento. "O que aconteceu foi uma deflação nos preços, gerando uma margem menor para os supermercados. O consumidor também esteve mais contido em suas compras, porém nas datas sazonais isso se reverte, principalmente no Natal."

O grupo Muffato prefere não divulgar o faturamento do ano passado mas, segundo Everton, o crescimento deve ser "bem acima" do esperado pela associação nacional. Neste ano, o grupo reformou quatro lojas para transformá-las em hipermercado. Uma nova unidade deve ser inaugurada em Londrina ainda no primeiro semestre de 2007, segundo o diretor.

"Tivemos uma queda no preço da cesta básica de cerca de 12%, isso dificulta o resultado em faturamento porque não conseguimos vender 12% a mais, para compensar", diz o diretor comercial do Condor, Jefferson de Oliveira. Segundo ele, a deflação e a queda na safra paranaense trouxeram um cenário pouco otimista para o varejo em 2006. O faturamento do grupo, no entanto, deve crescer por conta da abertura de novas lojas e ampliação de antigas. A expectativa do grupo é ultrapassar a marca dos R$ 800 milhões até dezembro – ante R$ 760 milhões em 2005. "Vai depender dos resultados do Natal."

Segundo o diretor, para 2007 estão previstas ampliações e duas novas unidades – em Santa Felicidade e na Avenida das Torres. "Vamos transformar a loja do São Braz em hipermercado e também estamos reformando e reposicionando a unidade do Ahú", diz. "Mas o mercado está saturado. Abrimos novas unidades ou melhoramos nossas lojas para manter nossos clientes."

O Wal-Mart anunciou recentemente investimentos de cerca de R$ 90 milhões no Paraná para 2007. "Pretendemos abrir duas novas unidades no estado, mas ainda não fechamos as cidades." Além disso, cerca de 10 lojas devem passar por reformas no próximo ano. A meta do grupo norte-americano é que todas as 138 lojas da Região Sul passem por reformas, totalizando um investimento de R$ 270 milhões.

Na contra-mão, o Pão de Açúcar reduziu sua estrutura em Curitiba ainda no primeiro semestre do. Mas recentemente anunciou uma nova etapa no processo de reposicionamento da marca na capital: reduziu os preços de 300 dos produtos mais procurados pelos consumidores. O objetivo é amenizar a identificação como supermercado de elite e ganhar a preferência do consumidor, sem perder o foco no público A e B. (CS)

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