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Robinson Cansi, da HelpCell: entre 10 e 15 aparelhos chegam à assistência técnica por dia | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Robinson Cansi, da HelpCell: entre 10 e 15 aparelhos chegam à assistência técnica por dia| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

Álcool nele

Higiene e limpeza também são necessárias

Os cuidados com o celular não se limitam aos aspecto físico. Vários institutos de saúde apontam para a necessidade de higienização dos aparelhos – atenção que vai desde a limpeza simples, com o uso do álcool isopropílico, que não afeta os equipamentos de informática, até a lavagem das mãos antes de utilizá-lo.

Entre as sugestões dos especialistas está o cuidado de evitar utilizar o celular em banheiros, locais úmidos ou próximos a lixo. Sempre que houver contato com locais sujos ou contaminados, lave as mãos antes de utilizar o aparelho.

Só você

Restringir o compartilhamento do telefone apenas com as pessoas que você já conhece, assim como tomar cuidados com espirros e tosses, também é indicado. Caso isso ocorra, no entanto, o melhor é desinfetar o celular.

Também é preciso evitar falar ao celular muito próximo, pois isso provoca liberação de saliva e não é totalmente higiênico.

Esses cuidados são recomendações feitas pela organização inglesa Which, que apresentou estudo mostrando que em cada 30 celulares, ao menos sete apresentaram níveis altíssimos de bactérias e coliformes fecais.

  • Confira a orientação dos fabricantes sobre os cuidados básicos com o celular

O fato de os celulares serem parte do nosso cotidiano não é mais novidade. Mas a relação das pessoas com seus aparelhos ainda rendem as mais variadas histórias e pesquisas. E o que se observa é que nem sempre os "companheiros" re­­cebem os cuidados necessários. O descuido dos usuários é apon­­tado pelos técnicos especializados como o maior responsável por levar os aparelhos para consertos e reparos.

Mesmo com manuais que chegam a atingir 50 páginas, os cuidados não são totalmente to­­mados. Segundo o técnico Ro­­­­binson Cansi, da Assistência HelpCell, 70% dos aparelhos que chegam para consertos são consequências do mau uso. Sua loja chega a receber entre 10 a 15 ce­­lulares por dia com os mais variados problemas.

"São várias situações que nos chegam. Mas, sem dúvida, a queda em vaso sanitário ou no chão e problemas com água são os principais. Poucos deles apresentam problemas como software ou algo relacionado à sua composição." O técnico ex­­plica que os banhos químicos, usados para combater a oxidação dos equipamentos, são usados para consertar os aparelhos nestes casos de contato com água.

Durões

Quanto a qualidade dos aparelhos, ele situa os nacionais en­­tre os melhores, mas admite que a procura pelos importados, que comportam dois chips, tem sido grande. Ainda as­­sim, ela aler­­ta para a fragilidade desses aparelhos, que ge­­ralmente têm vida curta.

"Se a pessoa pretende comprar um aparelho, é melhor gastar um pouco mais e investir em um nacional, que lhe dá garantia e tem mais durabilidade. Os importados não são tão fortes e, para piorar, faltam peças. Dá a impressão que eles não são feitos em série, ainda que apresentem bons softwares."

Esgoto

As histórias de quedas de celulares ou banhos de chuva que os aparelhos tomam junto com seus donos são bastante co­­muns. Mas para o fotógrafo Daniel Caron a situação transitou entre o bizarro e o inusitado. Chamado para cobrir um problema de esgoto transbordante na área central de Curi­­tiba, há alguns meses, Caron não percebeu que o celular caiu do bolso de sua jaqueta de fotógrafo. Ao se dar conta da perda, viu que o aparelho boiava em um misto de água e fezes acumulada. "Foi horrível. Pe­­guei uma pinça especial para poder alcançar o celular e o em­­brulhei em um jornal. O cheiro dentro do carro ficou in­­suportável. Ao chegar ao local de trabalho procurei uma se­­nhora da limpeza e o deixei lá por algumas horas, ao menos para desinfetar", conta.

Segundo ele, contrariando ainda mais as normas de manutenção e dos cuidados a serem tomados, deu vários banhos de água corrente no telefone e o deixou três dias secando. "Eu o mantinha sempre nos lugares que batiam sol. Ele chegava a ‘torrar’ no banco do carro. Mas depois de alguns dias voltou a funcionar. Estou com ele e até hoje funciona normalmente."

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