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As principais centrais sindicais do país definiram, nesta quarta-feira, os primeiros setores que vão participar de protesto marcado para a próxima terça-feira, com o objetivo de pressionar o Congresso Nacional a manter o veto do presidente Lula à chamada "Emenda 3", incluída na lei que criou a Super-Receita.

Em São Paulo, metalúrgicos na região do ABC e bancários no Centro da capital farão passeatas e paralisarão suas atividades por pelo menos três horas.

No Rio, os petroleiros deverão atrasar a entrada nos turnos para marcar posição na manifestação. No Rio Grande do Sul, trabalhadores de várias categorias pretendem interromper por algum tempo a ponte que liga a capital gaúcha à região Sul do Estado.

-O Congresso Nacional precisa saber exatamente com quem está mexendo e que não dá para transformar o que era exceção em regra. A aprovação da Emenda 3 resolve todos os problemas do empresariado que, em tese, poderá demitir todo mundo e recontratar todos como pessoa jurídica, disse o presidente da CUT, Artur Henrique da Silva Santos.

Os sindicalistas decidiram também que farão concentrações de trabalhadores em todos os aeroportos brasileiros para pressionar os parlamentares no momento do embarque para a capital federal. Já em Brasília, um outro grupo irá "recepcionar" os políticos que, segundo os dirigentes sindicais, terão que passar por um "verdadeiro corredor polonês". Os sindicalistas prometem ainda tornar a vida dos deputados e senadores que defendem abertamente a "Emenda 3" um "inferno" até a quarta ou quinta-feiras, dias prováveis para ser votado em plenário o veto do presidente Lula ao artigo da lei da Super-Receita. O artigo proíbe auditores fiscais de autuar empresas que desrespeitem a legislação trabalhista, alegando que essa atribuição é de competência exclusiva da Justiça do Trabalho.

Paralelamente às manifestações, os dirigentes das sete centrais sindicais (CUT, Força Sindical, CGT, CGTB, CAT, SDS e Nova Central) se reúnem na tarde da mesma terça com os ministros Guido Mantega (Fazenda), Luiz Marinho (Previdência) e Carlos Lupi (Trabalho), além do secretário da Super-Receita, Jorge Rachid, para discutir uma alternativa de legislação para substituir a Emenda 3.

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