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Os principais sindicatos da Espanha organizaram protestos de rua contra a decisão do governo de estabelecer um limite constitucional no déficit orçamentário antes das eleições gerais em novembro.

O acordo surpresa da semana passada entre o governista Partido Socialista e o Partido Popular (PP), de oposição, para colocar em vigor uma rara emenda na Constituição, permitindo o limite, agradou os mercados internacionais, mas encontrou oposição na Espanha.

A emenda será debatida pelo Parlamento esta semana, com a Câmara Alta prevista para votar no dia 7 de setembro.

"Os planos deles de reduzir o déficit atual só serão alcançados em detrimento da sociedade e da economia", disse a repórteres nesta segunda-feira Ramon Gorriz, secretário do maior sindicato comercial da Espanha, o Comisiones Obreras.

Os sindicatos convocaram encontros e manifestações entre 31 de agosto e 6 de setembro, para pedir que legisladores votem contra a emenda e exijam um referendo, caso seja aprovada.

A emenda seria a segunda desde que a Constituição da Espanha foi escrita em 1978, depois do término da ditadura de Francisco Franco. Não serão incluídos números específicos para o limite de déficit, que serão definidos em uma lei separada antes de 30 de junho de 2012.

O acordo bipartidário deve entrar em vigor em 2020 e segue pedidos da Alemanha e da França para que a Espanha e outras nações sofrendo com a crise de dívida da zona do euro estabeleçam limites sobre seus déficits, para reconquistar a confiança dos investidores.

A Espanha cortou o déficit do setor público, um dos maiores da zona do euro, para o nível esperado de cerca de 6% do Produto Interno Bruto, de 11,1% em 2009.

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