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Mais de 50 mil bancários do país - calculam os sindicatos locais - aderiram nesta terça-feira à greve da categoria por melhorias salariais. Centenas de agências do país amanheceram fechadas. Em São Paulo, 30 mil dos 106 mil bancários que atuam na base do sindicato local aderiram ao movimento, dizem os manifestantes. A adesão foi proporcionalmente maior no município do Rio, onde 80% de um total de 30 mil funcionários teriam cruzado os braços. As paralisações foram em geral pacíficas, mas o sindicato do Rio diz que seu presidente, Vinícius Assumpção, foi detido .

Os serviços de internet, telefone ou de correspondentes bancários, funcionaram normalmente.

Belo Horizonte, Juiz de Fora, Manaus, Bahia, Rondônia, Recife, Brasília e cidades do Piauí e Rio Grande do Sul também tiveram parte do atendimento parado. A greve foi de 24 horas na maior parte das cidades e as agências voltam a abrir nesta quarta-feira. As negociações continuarão e os sindicatos podem optar por uma nova paralisação caso não haja avanço.

Os bancários decidiram entrar em greve para pressionar os bancos na negociação da campanha salarial. O presidente do sindicato de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino, afirma que o lucro dos bancos cresceu, em média, mais de 40% no primeiro semestre de 2006, mas as instituições não querem conceder o aumento salarial real reivindicado pela categoria, de 7,05%.

Os bancários pedem ainda reposição da inflação e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500.

Em 2005, os bancários receberam reajuste de 6% (1% de aumento real), mais R$ 1.700 de abono e PLR mínima de 80% do salário mais R$ 800, após seis dias de greve no mês de outubro.

SÃO PAULO

Em São Paulo, 105 agências e centro administrativos pararam. De acordo com o balanço do sindicato, 30 agências pararam no centro, 27 na zona leste, 12 na zona sul, oito na zona norte, sete na zona oeste, 13 na região de Osasco e 8 na região da Avenida Paulista. Uma nova rodada de negociações está marcada para esta quarta-feira, às 15h.

RIO

No Rio, o presidente do sindicato local, Vinícius Assumpção, foi detido . A adesão foi quase total no Centro da Cidade, onde estão 300 agências. O Globo Online circulou pelas principais avenidas do Centro e não encontrou agências abertas. Em todas havia cartazes anunciando a greve. Alguns funcionários estavam de plantão nas portas dos bancos explicando para a população o motivo da paralisação.

Todas as diretorias dos bancos também ficaram fechadas na cidade, entre elas as do Banco do Brasil, Unibanco, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Sudameris e Real. Os bancários do Rio voltam ao trabalho nesta quarta-feira e fazem uma nova reunião depois do expediente, às 18h30m, na Galeria dos Empregados do Comércio, na Avenida Rio Branco 120, sobreloja.

AMAZONAS

O presidente do Sindicato dos Bancários no Amazonas, Sindberg Barbosa dos Santos, informou nesta terça-feira que 1,2 mil bancários de Manaus aderiram à paralisação nacional da categoria. Eles representam metade da categoria na capital amazonense. Em todo o estado, existem 2,9 mil bancários.

- Apenas as agências da Caixa Econômica Federal estão completamente fechadas. Os outros bancos estão funcionando parcialmente. Os colegas do interior estão trabalhando em estado de greve, esperando a decisão nacional de paralisar as atividades por tempo indeterminado.

BELO HORIZONTE

O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte informou que 23 agências do centro da capital mineira foram fechadas nesta terça-feira.

PERNAMBUCO

Os bancários pernambucanos, que já tinham feito uma greve de advertência de 24 horas, decidiram cruzar os braços por 48 horas e paralisar as atividades também na quarta-feira. No último dia 21, uma mobilização já atingiu mais de 100 agências em todo o estado.

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