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Leonardo Boese, do Trollando.com, tem cerca de 11 milhões de pageviews ao mês: cerca de 50% da receita vem dos programas de afiliação | André Rodrigues / Gazeta do Povo
Leonardo Boese, do Trollando.com, tem cerca de 11 milhões de pageviews ao mês: cerca de 50% da receita vem dos programas de afiliação| Foto: André Rodrigues / Gazeta do Povo

Siglas e anúncios

Há diversos modelos de anúncio disponíveis na web. Conheça alguns deles:

CPC – Custo por clique

O dono do site recebe de acordo com o número de cliques no anúncio ou banner. Em geral, para valer a pena, o site tem de ter um número considerável de leitores para conseguir ganhar dinheiro com CPC.

CPV – Custo por visualização

O site recebe de acordo com o número de visualizações do banner, vídeo ou outro formato de anúncio. Não há necessidade que o leitor clique no anúncio. Assim como o CPC, o CPV obriga que o site tenha um grande número de leitores para fazer algum dinheiro.

Plubieditorial

Muito comum em blogs, os publieditoriais são posts pagos que são publicados pelas marcas. O blog de tecnologia Gizmodo, por exemplo, publica posts patrocinados de marcas ligadas à tecnologia, como Sony e LG. Dependendo da audiência, podem ser uma boa fonte de renda.

Comissão por venda

O site recebe uma comissão, que varia de acordo com o anunciante, para cada venda realizada. É o modelo usado pelos programas de afiliação.

Os programas de afiliação estão se tornando uma opção cada vez mais atraente de remuneração na internet brasileira. Apenas no ano passado, a Lomadee, plataforma de afiliação do Buscapé, cresceu 400%. Nos Estados Unidos, essa modalidade já representa 23% de todo o comércio eletrônico do país.

Esse tipo de anúncio funciona por comissão: um afiliado promove um produto em seu blog ou site, com banners ou links, e recebe uma porcentagem do valor do produto quando a venda é realizada graças a ele – os anunciantes possuem maneiras de rastrear os links e cookies do navegador do consumidor e identificar como ele chegou à página da compra. Essas comissões variam bastante dependendo do sistema de afiliação, mas podem chegar a até 50%.

A maior vantagem desses programas é que eles funcionam bem para quem atua em mercados de nicho, conhece bem seu público e tem credibilidade. Ao contrário dos anúncios do Google Adsense, por exemplo, que pagam por número de impressões ou cliques, os programas de afiliação não estão diretamente ligados ao número de visitantes do blog ou do site, e sim à capacidade do dono da página em vender produtos de interesse do seu público.

Trollando

Criado em novembro de 2011 apenas como um passatempo, o site Trollando.com, do publicitário curitibano Leonardo Boese, de 22 anos, tem hoje uma média de 11 milhões de pageviews ao mês. Ele já ganhou um prêmio do Lomadee por ter o maior índice de lucro entre os blogs que usam a plataforma. Boese não abre o faturamento do site, mas diz que também trabalha com "publieditoriais" e Google Adsense. Cada post patrocinado custa R$ 1.500. "Quanto cada uma dessas modalidades representam na receita depende de cada mês. Mas eu diria que [os programas de afiliação] são 50%."

"Acho que a grande vantagem desses programas é a comissão maior. Tive um caso uma vez em um sistema de afiliados que uma única pessoa comprou 20 notebooks pelo meu banner. Foram mais de R$ 17 mil em venda. Pense na comissão. Mas para isso acontecer você precisa primeiro de tudo saber vender e conhecer o seu público. Não adianta você mostrar um produto no site que ninguém tem interesse", afirma Boese.

Para Guga Stocco, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios e Estratégias do Buscapé Company, os programas de afiliação exigem mais dedicação do produtor de conteúdo que os anúncios, mas também remuneram melhor. "Você tem de ter um comprometimento muito maior com a mídia, porque se você não conseguir engajar direito a sua audiência não vai vender, e aí não tem receita", afirma ele.

Porcentagem e tempo definem "parceria"

Ponto Frio, Fnac, Carrefour, Livraria Saraiva, Extra, Casas Bahia, Americanas.com, Polishop, Dell e Apple Store. Entre as grandes varejistas com presença on-line no Brasil, quase todas trabalham com programas de afiliação. Para conquistar os donos de sites e ganhar mais publicidade na internet, as lojas travam uma batalha particular.

Há dois principais pontos analisados pelos donos de sites e blogs na hora de escolher por uma loja: o valor da comissão e o tempo pelo qual ela é válida. Há empresas que oferecem janela de 30 dias. Isso significa que o leitor do site tem 30 dias para finalizar uma compra a contar do momento em que clicou no banner. "Digamos que o usuário clique no banner, entre no site da rede varejista, mas não finalize a compra. Uma semana depois ele volta no site da loja e faz a compra. A comissão ainda está valendo", explica Guga Stocco, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios e Estratégias do Buscapé Company, empresa dona do programa de afiliação Lomadee.

"Outra coisa que acontece muito é a briga entre as empresas por maior comissão. Digamos que a Saraiva ofereça 6% para cada venda. A Fnac pode ir lá e ofertar 7%, para que mais pessoas anunciem seus produtos", conta Stocco.

De acordo com o executivo, também está crescendo o número de páginas do Facebook que estão conseguindo ganhar dinheiro com esse modelo de anúncio. Segundo ele, há pelo menos uma página da rede social entre os dez sites que mais lucram com o programa da Lomadee. Sites como o Busca Descontos ganha até mais de R$ 600 mil ao mês com essas vendas.

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