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Ninguém está a salvo: cybercriminosos desenvolvem novos meios de infectar aparelhos e dispositivos móveis | Divulgação
Ninguém está a salvo: cybercriminosos desenvolvem novos meios de infectar aparelhos e dispositivos móveis| Foto: Divulgação

Ameaças vão de torpedo fantasma a trojan telefônico

Entre os víruos mais conhecidos para os dispositivos móveis está o Trojan MSN, que se instala no smartphone e passa a enviar torpedos para números especiais, como os que promovem doações ou sorteios online.

A mensagem SMS é enviada pelo telefone sem que a pessoa perceba. Então esse dinheiro vai para um servidor de uma empresa geralmente fantasma, mas a operação fica registrada na operadora, que irá cobrar do cliente. Enquanto isso, o dinheiro cai na conta criada pelo criminoso.

No caso do Ransonware, o programa bloqueia o celular e manda uma mensagem para que a pessoa digite uma senha para retomar o acesso. Nesse caso, ao mandar o torpedo com a senha, o usuário ficará refém do programa, que terá o acesso a todos os contatos e informações sigilosas.

Mesmo com aparelhos modernos, os especialistas alertam que as pessoas continuam sendo enganadas por golpes que prometem facilidades, mas no fundo retiram as informações dos seus aparelhos. "São garantias de prêmios e outras facilidades ao qual o usuário até imagina entrar em um site, na realidade está entrando em algo falso que apenas recolher seus dados. Caso a pessoa esteja com o aparelho infectado, por exemplo, e resolva acessar o site do seu banco, poderá ser vítima do Trojan Banker, especializado em roubar informações bancárias", avalia Assolini, lembrando que nem mesmo plataformas como o Android escapam da ação dos malwares. No início de março o Google precisou remover 21 aplicativos do Android Market, que eram falsos ou continham códigos maliciosos.

Os 5 mandamentos

Veja que cuidados tomar para não ser vítima dos vírus nos dispositívos móveis:

1. Não modifique o sistema

- Evite os procedimentos de desbloqueios não oficiais, como o jail break do iPhone e versões modificadas de "firmware" (sistema operacional do smartphone ou tablet). Além de provocarem a perda da garantia do produto, essas alterações podem incluir vírus ou programas que permitam o controle remoto do seu aparelho.

2. Cuidado com o Bluetooth

- Só habilite a função durante o período em que ela for utilizada. Procure alterar a identificação e a senha configuradas como padrão pelo aparelho. Já foram descobertas falhas em alguns aparelhos que permitem o roubo de dados e envio de arquivos sem autorização. Além disso, o uso de senhas padrão facilita o acesso de hackers, pois essas senhas são as primeiras a serem tentadas.

3. Instale aplicativos confiáveis

Procure instalar aplicativos a partir de fontes confiáveis, como os sites oficiais dos fabricantes, a iTunes Store no iPhone e o Android Market para dispositivos que utilizam Android. Todos os sistemas possuem uma lista oficial de softwares confiáveis. Uma vez instalado, o aplicativo pode acessar informações importantes do seu telefone, efetuar chamadas e enviar dados através da internet. Por isso, é muito importante instalar somente aplicativos nos quais você confie, de preferência por indicação de alguém que já seja usuário.

4. Navegue de forma segura

- Mantenha o mesmo nível de segurança do seu desktop ou notebook ao navegar na web via celular. Evite sites que você também não acessaria a partir do seu computador pessoal. Sites com vírus podem ser preparados para infectar somente smartphones. Durante o acesso, é possível identificar qual é o tipo de aparelho do visitante e tentar ataques específicos para cada tipo de equipamento.

5. Use senha para bloquear o teclado

- Poucos minutos longe do smartphone ou tablet já são suficientes para o acesso a dados importantes ou para a instalação de programas maliciosos. Além disso, caso você perca o aparelho ou ele seja roubado, sua lista de contatos não será utilizada para o golpe do sequestro falso. A segurança física é tão importante quanto a tecnológica.

Fonte: Módulo

Caso seu novo aparelho móvel – smartphone ou tablet – fique lento demais ou trave justamente no momento em que você está mostrando a novidade para seus amigos ou tentando decifrar todos os aplicativos, tome cuidado antes de levar ao vendedor e reclamar do equipamento. Apesar de serem novos no mercado, eles podem ter sido infectados por algum programa malicioso – os malwares –, que ultrapassaram as fronteiras das mídias antigas e começam a de­­sembarcar com uma velocidade espantosa sobre os novos aparelhos.

A expansão do número de malwares para essas novas ferramentas já preocupa os fabricantes e representa um aumento de 60% nas criações e variações de vírus entre 2009 e 2010. No último ano, a McAfee registrou o surgimento de 60 mil novos malwares por dia no mundo. Dados da Kas­­persky indicam a criação, em 2010, de 153 famílias de vírus com cerca de mil variantes, somente para celulares.

Segundo dados divulgados pelo International Data Corpora­tion (IDC), pela primeira vez as vendas de smartphones superaram a venda de notebooks, o equivalente a um aumento de 49% em relação a 2010.

Para este ano, a previsão é de que as vendas atinjam 450 mi­­lhões de aparelhos, contra 300 milhões no ano passado. No Brasil, os fabricantes de eletrônicos venderam 100,9 mi­­lhões de smartphones contra 91,2 milhões de computadores. Essa tendência, no entanto, chegou acompanhada de outros dados que deixam sob alerta as empresas que atuam com segurança na tecnologia.

Para o analista de malwares da empresa Kaspersky Lab, Fábio Assolini, no momento em que a computação tornou-se móvel – primeiro com os notebooks e agora os smartphones –, os cybercriminosos também expandiram suas fronteiras. Na opinião dele, a inexperiência de muitos usuários também colabora para essa propagação de malwares, além de fazerem a migração para as novas ferramentas, cada vez mais popularizadas. "Ele vão para onde migram as pessoas, onde há possibilidade de ganhar dinheiro. Os tablets são novos ainda, mas o ataque a essas ferramentas é uma questão de tempo", disse.

Assolini cita o sistema denominado "mobile payment" – pagamento feito pelo celular –, muito utilizado no exterior, como um novo foco dos cybers, cujos ataques já iniciaram. No Brasil, os casos mais comuns envolvem programas maliciosos que impedem a comunicação entre os smartphones, além dos programas que se apropriam da lista de contato e passam a fazer pequenos saques nas contas bancárias.

Como prevenir

Na opinião de Alexandre Sieira, diretor técnico da Chiper, em­­presa especializada em segurança na tecnologia, navegar na re­­de requer alguns cuidados especiais. Entre esses cuidados estão coisas simples, como manter o Bluetooth desligado, principalmente em áreas onde não há o domínio do ambiente. "Se há um celular configurado com o vírus, ele vai ‘procurar’ todos os outros e espalhar o problema".

Outro problema apontado, principalmente nas organizações, pode ser a falta de conscientização dos colaboradores no uso da internet. "Essas empresas já entenderam esse risco e buscam se precaver", lembra.

Entre as ações que reduzem os riscos nas empresas estão programas de conscientização de segurança na rede, programas de comunicação, ameaças à informação, ameaça à segurança e também manuais e materiais de treinos que atendem desde o presidente ao analista.

As ações, lembra Sieira, podem evitar casos como o ocorrido com a empresa RSA, que ironicamente trabalhava com soluções de segurança. Por um descuido de um analista, que abriu um malware provavelmente de alguma concorrente, a empresa teve exposta toda sua estratégia de combate, assim como todos os estudos e planejamentos de ações.

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