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Além das promoções das companhias distribuidoras, outro fator pode ter limitado o avanço dos preços do álcool nos postos paranaenses: a sonegação de impostos. De acordo com Roberto Fregonese, presidente do Sindicombustíveis, algumas distribuidoras estariam vendendo o produto sem nota fiscal. Assim, não precisam pagar imposto e conseguem vender o combustível a preços mais baixos.

"Isso gera uma guerra de preços. Para não perder mercado, distribuidoras honestas também acabam vendendo o combustível por preços mais baixos", diz Fregonese. "Mas essa situação pode estourar daqui a seis meses, ou um ano. Já comunicamos à Receita Estadual, e ela ficou de apurar o caso."

O presidente do Sindicombustíveis cita um caso ocorrido há cerca de dois anos, mas que só veio à tona no fim de janeiro. Dezenas de postos de Curitiba compraram combustível mais barato da distribuidora Certa, que tinha registro na Agência Nacional do Petróleo (ANP), mas o depósito do pagamento era feito em nome de uma companhia chamada Caomé.

"Com isso, a distribuidora não precisava pagar os 38,41% do ICMS", diz Fregonese.

"Quando detectou o problema, a Receita Federal multou somente os revendedores. Isso pode acontecer novamente agora." Para vender álcool mais barato, alguns postos também estariam manipulando as bombas de combustível. Uma blitz promovida pelo Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) em Londrina, na semana passada, descobriu diversos postos vendendo volumes inferiores aos apontadas pela bomba. (FJ)

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