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Moradores da cidade de São Paulo estão com dificuldade para encontrar gás GLP (gás de cozinha) nesta semana. Segundo revendedores ouvidos pela reportagem, os distribuidores do produto estão entregando bem menos do que o esperado desde segunda-feira - e a situação está piorando. O problema se deve a uma parada programada da Refinaria de Araucária, no Paraná, onde houve uma redução na oferta de GLP. No Paraná, algumas distribuidoras estão com o estoque no limite.

Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo), não houve falta de GLP, mas apenas uma baixa nos estoques."Por isso as distribuidoras restringiram os pedidos das revendas até a regularização da oferta. A ANP está monitorando a situação, que deverá ser regularizada até semana que vem", informou em nota.

O GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) é um subproduto do petróleo, fabricado nas refinarias, ao contrário do gás natural, que pode ser encontrado junto ou separado do petróleo nos reservatórios em terra ou no mar.

Segundo a Petrobras, já foi apresentado à ANP um plano para disponibilizar uma quantidade adicional de GLP em São Paulo, para contemplar e garantir o suprimento do mercado da área de Paulínia e Indaiatuba.

"A companhia também esclarece que dois navios estão descarregando GLP ainda esta semana, de forma a garantir o ressuprimento regular às distribuidoras que operam localmente, conforme procedimento usual da Petrobras".

Um distribuidor da zona oeste da capital paulista afirma que não conseguirá atender nem um terço de seus 800 clientes diários nesta quinta-feira (10/10). A maioria dos revendedores diz que está recebendo 70% do que pedem e alguns disseram que não receberam nada hoje.

O Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo), diz que o Paraná também já foi afetado.

De acordo com a entidade, "falhas no suprimento do Gás LP pela Petrobras de fato têm ocasionado problemas no fornecimento em algumas regiões do Brasil", informou em nota.

Para contornar a situação, as distribuidoras de GLP estão trazendo o produto de inúmeras partes do país, para essas áreas com maior dificuldade de abastecimento.

"O sindicato espera que, no prazo máximo de dois dias, essas dificuldades já estejam solucionadas graças ao esforço coletivo das distribuidoras", conclui a nota.

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