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O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou na quinta-feira (5) que irá priorizar a sanidade animal para evitar problemas como a febre aftosa, que no ano passado ameaçou rebanhos desde Rondônia até o Paraná, e que tentará obter recursos adicionais da ordem de R$ 80 milhões anuais para efetivar as ações de proteção. Ele disse ainda que tentará acabar com os embargos internacionais à carne produzida no Estado. "Tem que ter um sistema para proteger a sanidade. É preciso criar uma rede de proteção, de vigilância, e temos que ter rapidez no combate, especialmente no caso da aftosa", declarou o ministro, que participou da abertura oficial da 47ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, ontem à tarde.

Stephanes defende que o plano de sanidade animal deve ultrapassar as fronteiras do País e incluir Paraguai, Bolívia e Argentina. "Hoje, embora oficialmente o Paraguai seja considerado livre da aftosa, enquanto continuar esse foco o prejuízo pode chegar ao Paraguai. Temos que trabalhar em conjunto e os entendimentos estão sendo mantidos."

O ministro disse que irá mobilizar mais recursos para melhorar as barreiras sanitárias brasileiras e também o sistema de vigilância. Segundo ele, seriam necessários entre R$ 70 milhões e R$ 80 milhões por ano em recursos adicionais para cuidar da faixa que vai de Rondônia ao Paraná. "Podemos tentar recursos com a própria Itaipu [Binacional], organismos internacionais e o restante deve sair do governo federal. O Ministério da Agricultura poderá liberar recursos diminuindo os investimentos em alguns outros programas. O Paulo Bernardo [ministro do Planejamento] mostrou-se favorável a encontrar uma solução financeira para isso." O ministro pretende contar ainda com o apoio da bancada ruralista da Câmara dos Deputados.

Mercados

Sobre a recuperação dos mercados perdidos com a ameaça de febre aftosa, Stephanes disse que as negociações estão em andamento, em especial com a Rússia. Segundo ele, a maior preocupação da Comunidade Européia seria em relação à segurança no trato da questão sanitária. "Eles querem ver se temos um programa que nos dê segurança a longo prazo e se vamos ter um sistema de vigilância e de combate bastante eficiente."

Para o vice-governador do Paraná, Orlando Pessuti, o primordial no momento é resolver a questão da aftosa no Mato Grosso do Sul. "Lá começou o problema e já persiste e é por causa daquele Estado que não fomos ainda declarados pela Organização Internacional de Saúde Animal como área livre de febre aftosa."

O presidente da Sociedade Rural do Paraná, Alexandre Lopes Kireef, observou que os mercados perdidos pelo Paraná foram ocupados por outros Estados, como Rondônia, e que será preciso reconquistar esses mercados. "Havendo a consideração de que o Paraná está apto a exportar, a reconquista do mercado se dará numa competição comercial."

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