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Nathália Anring, sócia da Endossa: loja dá oportunidade para o empreendedor firmar o nome | Roberto Dziura Jr/ Gazeta do Povo
Nathália Anring, sócia da Endossa: loja dá oportunidade para o empreendedor firmar o nome| Foto: Roberto Dziura Jr/ Gazeta do Povo

Espaço para todos e de tudo um pouco

Das 100 marcas que expõe seus produtos na loja de Curitiba, 50 delas são de fora da capital paranaense. Há espaço para as mais diferentes ideias, seja apenas para o empreendedor ficar conhecido ou para realizar sonhos com o próprio negócio.

Thaiz Máximo e o sócio, Ricardo Oliveira, ambos da Paraíba, criaram a marca de camisetas Thks-tshirts & happiness. A empresa funciona assim: a cada camiseta comprada, uma nova é doada para uma criança carente, de uma cidade com alto índice de exploração sexual infantil. A partir daí, Thaiz e Ricardo planejam também uma forma de dar assistência jurídica, nutricional e odontológica a ela. Os sócios atuam no comércio eletrônico e buscaram lojas onde pudessem vender seus produtos. Conheceram a Endossa e perceberam que o conceito se aplica ao que estavam procurando. "Vejo a loja colaborativa como um espaço que caracteriza minha loja, então ela não é um espaço de terceiros, mas a própria extensão do site para ‘meu’ espaço em uma loja física, o que facilita ao consumidor analisar melhor as peças", salienta Thaiz.

Já pensou em vender seus produtos e fazer com que a sua marca fique conhecida sem precisar estar fisicamente em uma loja ou mesmo montar uma página na internet? A solução para empreendedores que se encaixam nesta situação é as lojas colaborativas, onde o empresário exibe seus produtos pagando apenas um aluguel mensal e pode formar seu público para, mais tarde, usar uma plataforma virtual. Para isso, basta que os consumidores gostem dos produtos.

Uma dessas lojas é a Endossa, empreendimento nascido em São Paulo cuja primeira franquia foi aberta em Curitiba há dois anos e meio, na Avenida Vicente Machado – hoje já são quatro unidades, duas na capital paulista e outra em Brasília. A loja oferece um espaço para quem chama de "mini-micro-empreendedor", como artesãos, estilistas iniciantes, designers alternativos e aquelas pessoas que "dedicam seu tempo para tornar uma ideia real e precisam de auxilio para levá-la ao público".

A empresa entende que os obstáculos para esses empreendedores são, em geral, espaço de prateleira, conhecimento administrativo e uma rede de suporte. Nathália Anring, sócia da Endossa, explica que a ideia surgiu com o conceito da internet. Quanto mais compartilhada na internet, mais vista é uma informação. No caso da loja, é o "endosso" do cliente que faz a marca permanecer no estabelecimento. "Na loja colaborativa, o empresário não precisa ficar na loja, ele paga o aluguel e, se seus produtos forem vendidos, ele continua expondo seus itens ali. Se a marca não bate o ‘endosso’, que é a meta, ele sai", ressalta Nathália.

Na loja de Curitiba há 70 marcas desde a sua fundação e no total são 100 empreendedores que utilizam o espaço, ao custo de um aluguel que varia de R$ 140 a R$ 500, dependendo do tamanho do box em que os produtos serão exibidos. Nos três primeiros meses, o empreendedor não precisa cumprir o "endosso", um tempo para que a clientela perceba as peças. "Quem forma o que tem dentro da loja é o consumidor. A vantagem para a marca é poder colocar o seu preço sem se preocupar com o lucro do local ou o pagamento dos funcionários. Muitas começam aqui e depois vão para a internet", analisa Nathália.

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