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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, escolheu Robert Zoellick, 53 anos, ex-representante de comércio dos Estados Unidos, além de antigo número dois do Departamento de Estado, para assumir o Banco Mundial. O escolhido de Bush irá substituir Paul Wolfowitz, que se demitiu depois de uma série de críticas sobre o aumento de salário concedido a sua namorada, Shaha Riza, que também trabalhava no Banco Mundial (Bird). Wolfowitz deixa o cargo no dia 30 de junho.

Zoellick ajudou no lançamento da Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) como representante comercial norte-americano durante o primeiro mandato de Bush.

Posteriormente, trabalhou como subsecretário de estado e se tornou representante da Casa Branca para políticas relacionadas com a China e a região sudanesa de Darfur. No ano passado, Zoellick deixou o governo para trabalhar no banco de investimento americano Goldman Sachs.

Além de Zoellick, também foram cotados para assumir o cargo o subsecretário do Tesouro dos EUA, Robert Kimmitt; o atual presidente do Banco de Israel (banco central do país), Stanley Fischer; o ex-presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano) Paul Volcker; o secretário do Comércio dos EUA, Carlos Gutierrez; e o ex-líder da maioria republicana no Senado Bill Frist – este último, porém, já teria dito não querer o cargo. Por ser um dos principais financiadores da instituição, os EUA geralmente têm a prerrogativa de indicar quem comandará o Banco Mundial.

Zoellick tem um histórico com o presidente Lula e com o Brasil. Em 2002, após ser eleito, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desdenhou de sua importância, chamando-o de "sub-do-sub-do-sub" dentro do governo norte-americano e dizendo que se negaria a negociar com ele a entrada do país na Área de Livre Comércio das Amércias (Alca). Em 2003, porém, o então representante do comércio dos EUA foi recebido pela atual administração.

Ainda em 2003, em artigo no jornal britânico "Financial Times", Robert Zoellick criticou a posição brasileira nas negociações sobre comércio mundial em Cancún, no México. No artigo, ele atacou especialmente a retórica brasileira e de outros países em desenvolvimento, que consideraram o impasse das conversas como uma vitória. Na época, em tom duro, ele afirmou que os Estados Unidos não esperariam os países em desenvolvimento e continuariam a firmar acordos bilaterais de livre comércio.

Estudo

A atual direção do Bird divulgou ontem o relatório Fluxos Mundiais de Financiamento para o Desenvolvimento 2007. Ele prevê que a América Latina deve crescer de forma moderada em 2007, devido a uma projetada desaceleração na economia global, que pode reduzir a demanda por matérias-primas da região. A taxa prevista é de 4,8% para o Produto Interno Bruto (PIB) regional, abaixo dos 5,6% de 2006.

No Brasil, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com o qual o governo promete investimentos de aproximadamente US$ 240 bilhões até 2010, junto com o manejo adequado da dívida e da política monetária, deve garantir um crescimento médio de 4,1% nos três próximos anos, segundo o banco.

O Banco Mundial é uma das principis fontes mundiais de financiamento para projetos de assistência e desenvolvimento, com atuação nos países mais pobres. Concebido em 1944, nos Estados Unidos, o Banco Mundial inicialmente ajudou a reconstruir a Europa após a Segunda Guerra Mundial.

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