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Área ao fundo, entre o balneário de Shangri-lá e a foz do Rio Guaraguaçu, receberá o porto da Subsea 7. | Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo
Área ao fundo, entre o balneário de Shangri-lá e a foz do Rio Guaraguaçu, receberá o porto da Subsea 7.| Foto: Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo

O ministro da Secretaria Especial de Portos, Edinho Araújo, e a empresa norueguesa Subsea 7 assinaram contrato nesta quinta-feira (9), em Brasília, para instalação de um novo terminal de uso privado (TUP) na área da poligonal do Porto de Paranaguá, no município de Pontal do Paraná. O projeto prevê o investimento de R$ 103 milhões na área para montagem e embarque de dutos submarinos, usados na prospecção e exploração de petróleo e gás.

O empreendimento é o mesmo anunciado em 2011, quando a empresa, que está presente há 42 anos no Brasil, tentou instalar o TUP, mas esbarrou em imbróglios ambientais. A Subsea 7 ainda não conseguiu uma nova licença autorizando a instalação do terminal, mas o processo está em andamento no Ibama.

No projeto, está prevista a construção de um píer de acostagem de 300 metros quadrados e um cais com plataforma para atracação de barcaça. O porto será para movimentação de tubos de aço carbono, rígidos e semirrígidos, bem como estruturas e demais componentes de sistemas submarinos. O prazo de execução previsto para a obra é de sete meses. Segundo a secretaria, a operação do TUP deve gerar cerca de 300 empregos diretos na fase de construção e 700 empregos na fase de operação.

Para implantar o TUP, a empresa adquiriu um terreno de 2,6 mil hectares em Pontal do Paraná, entre o balneário Shangri-lá e a foz do Rio Guaraguaçu. Desse total, 45 hectares (3% da área) serão destinados ao terminal.

Mesmo na crise

O diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, comemorou a decisão. “O lado bom do que aconteceu hoje é que mostra que a empresa acredita que o setor vai se recuperar e que é fundamental ter uma logística no Paraná . Mesmo com o atual momento de dificuldade econômica, eles pretendem continuar investindo”, disse.

O vice-presidente sênior da Subsea 7, Victor Bomfim, lembrou que o momento atual é de dificuldades para o setor de óleo e gás, sobretudo pela crise enfrentada pela Petrobras. “É muito difícil investir neste momento, é preciso muita coragem. Mas as perspectivas são boas porque existe óleo de qualidade. É preciso, porém, ver regulamentação sobre a lei do petróleo”, afirmou.

Segundo o executivo, a cadeia de petróleo e gás responde por cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e, este ano, esse porcentual deve ser reduzido à metade. “É muita obra parada. Se não houver movimento rápido, passaremos por perda de valor e de capacitação”, afirmou.

Autorização

Os terminais portuários de uso privado são instalações portuárias localizadas fora da área do porto público e que, segundo da nova Lei dos Portos, podem ser exploradas mediante autorização, precedida de chamada ou anúncio públicos. O objetivo é aumentar a capacidade portuária e elevar a concorrência, com mais eficiência e menor custo logístico.

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