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O banco suíço UBS revelou nesta terça-feira decisão de comprar o banco de investimentos brasileiro Pactual por US$ 2,5 bilhões. O negócio representa uma grande aposta da instituição em um dos mercados financeiros que mais cresce no mundo.

A compra do Pactual, uma instituição de capital fechado detida por 33 sócios-executivos, vai dar ao UBS forte posição no nicho de banco de investimento do Brasil e tornar o banco suíço um importante fornecedor de serviços de gestão de ativos e riquezas na região.

"A entidade combinada vai ser o alicerce das operações do UBS no Brasil e um elemento-chave na estratégia de expansão do banco em mercados emergentes", afirmou o UBS em comunicado.

A compra do Pactual é a maior aquisição do UBS desde a aquisição da corretora Paine Webber por US$ 11,8 bilhões, em 2000.

O UBS há anos segue política de fazer aquisições menores e menos ousadas, fortalecendo paulatinamente sua posição como maior gestor de fortunas privadas do mundo.

O acordo segue uma série de transações idealizadas para estender a presença do UBS em mercados em crescimento, como a decisão do ano passado de assumir o controle da Beijing Securities, tornando o UBS a primeira instituição estrangeira a comprar uma corretora chinesa.

Em 2004, o UBS também tinha avançado no mercado de bancos de investimento da Rússia com a compra do Brunswick e no mês passado pagou US$ 875 milhões pelas operações de varejo do banco de investimentos norte-americano Piper Jaffray .

Lucro

- Com este acordo, o UBS poderá reduzir sua relativamente fraca posição em alguns segmentos de banco de investimento --especialmente na área de renda fixa - frente à concorrência - disse o analista do banco ZKB, Andreas Venditte.

- Estamos muito otimistas sobre o acordo. A estrutura do negócio é muito positiva, com pagamentos de performance em cinco anos baseada em lucros - acrescentou o analista da Cheuvreux de Zurique, Christian Stark.

O UBS informou que o preço de compra corresponde de 11 a 14 vezes os lucros do Pactual, que analistas afirmaram ser de aproximadamente US$ 200 milhões anual.

O UBS informou ainda que o acordo com o Pactual, que deve ser finalizado no terceiro trimestre de 2006, deverá ser levemente positivo para o lucro de 2006 do banco e deve adicionar ganho a partir de 2007.

Um porta-voz do UBS disse que a transação não deve resultar em demissões.

O UBS declarou que o valor presente do negócio vale US$ 2,5 bilhões, o que inclui pagamento inicial de R$ 1 bilhão mais até US$ 1,6 bilhão ao longo de cinco anos, de acordo com critérios de performance.

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