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As empresas privadas aumentaram o investimento em ações de cunho social, passaram a priorizar mais a doação de alimentos, ainda dão maior atenção às crianças em seus programas e não costumam usar os incentivos fiscais do governo. Esses são alguns dos resultados da Pesquisa Ação Social das Empresas no Brasil 2006, divulgada ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Este é o segundo levantamento que o Ipea faz sobre as ações sociais no país, o que permite comparações, impossíveis com os estudos anteriores, que eram restritos a determinados grupos empresariais.

A região Sul, que antes estava em último lugar na quantidade de empresas atuantes, aumentou de 46% para 67% sua participação, chegou à média nacional e agora está em terceiro lugar, atrás do Sudeste e do Nordeste – a região que tem proporcionalmente mais ações sociais feitas por empresas no país. "A ação social deixou de ser um modismo e entrou na estratégia das empresas, que são cobradas pelas comunidades e pelo governo", explica a coordenadora-adjunta da pesquisa, Luana Simões Pinheiro.

Em 2004, foram investidos R$ 4,7 bilhões em ações sociais no Brasil, o equivalente a 0,27% do PIB naquele ano. Apenas 2% das empresas fizeram uso de incentivos ficais – cerca de 40% dos empresários alegaram que o valor era muito pequeno, 16% disseram que as isenções não se aplicavam às atividades desenvolvidas, enquanto outros 15% nem sabiam da existência dos benefícios.

A alimentação foi a área que recebeu mais ações de 2004 a 2005, com 52% do total, ultrapassando as ações voltadas para assistência social, que ficou com 41%. O atendimento à criança permanece o foco principal das empresas, com 63% de adesão, mas cresceu o número de ações para idosos e portadores de doenças graves – como aids e câncer –, que foram desenvolvidas, respectivamente, por 40% e 17% das empresas pesquisadas.

Serviço: A pesquisa completa pode ser vista no site www.ipea.gov.br/asocial.

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