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A balança comercial brasileira obteve superávit de US$ 2,35 bilhões em outubro, o maior desde 2007 e 28,9% acima do saldo apurado no mesmo período do ano passado. As exportações somaram US$ 22,14 bilhões e as importações, US$ 19,78 bilhões. Os valores são os melhores para meses de outubro.

No período de janeiro a outubro, as vendas externas e as importações já superaram todo o resultado fechado dos anos anteriores. No acumulado, o superávit é de US$ 25,39 bilhões, resultado de exportações de US$ 212,14 bi­­lhões e importações de US$ 186,75 bilhões. "Se o ano tivesse acabado em 31 de outubro, exportações e importações teriam batido recorde", disse a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tatiana Prazeres. A meta de exportações do ministério é de US$ 257 bi­­lhões. A previsão é de que o superávit comercial fique um pouco acima de US$ 27 bilhões.

Apesar do bom momento do comércio brasileiro, por causa sobretudo dos preços internacionais elevados, as exportações para a União Europeia desaceleraram em outubro, enquanto os Estados Unidos aumentaram as encomendas do Brasil. No mês passado, as vendas ao bloco europeu cresceram apenas 13%, enquanto no acumulado de janeiro a outubro a alta é de 26,6%. Tatiana disse que isso pode ser reflexo da crise na zona do euro. Segundo ela, os países responsáveis pela desaceleração no crescimento das exportações são Espanha, França, Holanda e Itália. Ela destacou, no entanto, que a crise não afeta o desempenho geral. "O comércio exterior brasileiro não sente o impacto do que acontece nas economias mais maduras", afirmou.

A perda de mercado na Europa está sendo compensada pela recuperação das exportações aos Estados Unidos, que subiram 39% em outubro na comparação com o mesmo mês em 2010. No acumulado do ano, as vendas externas do Brasil para os EUA subiram 31,8% em relação ao mesmo período de 2010. "As exportações brasileiras para os EUA crescem em ritmo importante, apesar da taxa baixa de crescimento da economia americana", disse a secretária. Segundo ela, o Brasil reduziu o déficit comercial com os EUA – de janeiro a outubro, somou US$ 6,9 bilhões. No mesmo período de 2010, era de US$ 7,5 bilhões.

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