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Para Tatiana Prazeres, do MDIC, importações elevaram competitividade | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Para Tatiana Prazeres, do MDIC, importações elevaram competitividade| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Com saldo positivo de US$ 583 milhões em novembro, a balança comercial brasileira atingiu superávit de US$ 25,9 bilhões no acumulado ano, com alta de 75,3% em relação a igual período de 2011.

Desde janeiro, o país vendeu ao exterior US$ 233,9 bilhões, cifra 28,7% superior à do mesmo período de 2010. Nas importações, o resultado foi um pouco menor: houve ampliação de 24,5%, para US$ 207,9 bilhões.

Na comparação com outubro, os números de novembro foram mais fracos. Enquanto as exportações caíram 1,4%, para US$ 21,8 bilhões, as importações subiram 7%, chegando a US$ 21,2 bilhões.

Segundo a secretária de comércio exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, o movimento é comum e se deve à sazonalidade. "É normal termos em novembro um aumento no número de importações, devido às compras de Natal que o país realiza", afirma. Para ela, o quadro de crescimento no volume de compras e vendas deste ano demonstra o bom desenvolvimento do comércio exterior do país em 2011.

Compras positivas

A secretária também defende que as compras feitas pelo Brasil têm um aspecto positivo, uma vez que "contribuiriam à competitividade do país", abastecendo o país de bens de capital, intermediários e matérias-primas. Mas o movimento observado em 2011 não corresponde totalmente a essa interpretação. Mesmo com um volume muito maior dentro das importações, a participação das matérias-primas e bens intermediários caiu de 46,2% para 45,3% do total entre o acumulado de 2010 e deste ano. A fatia dos bens de capital recuou de 22,4% para 21,1%.

Pelo lado das exportações, o que se vê não é um incremento na competitividade, possibilitada pelos produtos de maior valor agregado. Mesmo com as compras representativas de insumos, o Brasil ainda exibe uma alta participação de produtos básicos em suas exportações, que cresceu de 44,4% em 2010 para 47,9% em 2011. Na mesma comparação, a fatia dos manufaturados (industrializados de alto valor agregado), diminuiun de 39,5% para 35,8%.

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