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A China voltou a registrar um forte superávit comercial em abril, com as exportações batendo recorde e as importações diminuindo mais que o previsto, pressionadas pelo aperto monetário sustentado e os elevados preços de commodities.

O superávit de 11,4 bilhões de dólares, quase quatro vezes maior que o esperado, vem enquanto a China participa de reuniões econômicas e estratégicas de alto nível em Washington, podendo levar os Estados Unidos a acusar Pequim de limitar a apreciação do iuan para incentivar a indústria exportadora nacional.

O saldo comercial saiu de um pequeno e raro déficit no primeiro trimestre com o impulso de um aumento de 29,9 por cento nas exportações, para o recorde de 155,7 bilhões de dólares.

As importações cresceram 21,8 por cento, abaixo das estimativas. Analistas divergem sobre se isso deve ser lido como sinal de uma surpreendente fraqueza econômica chinesa ou de importações negadas devido ao custo cada vez maior das commodities.

Economistas consultados pela Reuters previam uma alta de 29,4 por cento para as exportações e de 28 por cento para as importações, resultando em um superávit de apenas 3 bilhões de dólares.

Com ajuste sazonal, as exportações subiram 35,1 por cento em abril sobre o ano passado, com alta de 12,3 por cento em relação ao mês anterior. As importações tiveram um aumento anual de 27,4 por cento, subindo 7,4 por cento na comparação mensal, informou a administração aduaneira da China nesta terça-feira.

Os números do comércio chinês também registraram impacto do terremoto e da consequente crise nuclear no Japão. As importações vindas do Japão totalizaram 16 bilhões de dólares em abril, queda de 14,9 por cento sobre março, com a produção e os embarques japoneses sendo interrompidos.

POLÍTICA DE IUAN FRACO

O superávit comercial da China com os EUA cresceu 16 por cento, para o maior nível desde novembro.

Os dados dão munição a parlamentares norte-americanos que ligam o desequilíbrio comercial à política cambial da China. Eles dizem que o iuan fraco dá às manufatureiras chinesas uma vantagem injusta nos mercados globais e custam empregos nos EUA.

O superávit comercial geral da China encolheu no ano passado, mas deu pouco conforto a autoridades em Washington, porque o saldo positivo com os EUA cresceu 26 por cento, para mais de 180 bilhões de dólares.

Na segunda-feira, primeiro de dois dias de negociações, os EUA pressionaram a China em uma série de assuntos familiares, pedindo, por exemplo, que Pequim permita uma valorização mais rápida do iuan ante o dólar.

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