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Brasília – O saldo da balança comercial fechou 2006 com um superávit de US$ 46,077 bilhões, um recorde histórico no país. O resultado ficou US$ 1,368 bilhão acima do de 2005 (de US$ 44,709 bilhões) e é US$ 2 bi superior à meta do governo para o ano, de US$ 44 bilhões. A soma no ano também superou a expectativa do mercado. A pesquisa Focus, divulgada ontem, estimava um superávit comercial de US$ 45 bilhões.

As exportações somaram US$ 137,471 bilhões e as importações atingiram US$ 91,394 bilhões. Segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o resultado das vendas externas é recorde, e representa crescimento de 16,2% (em valores nominais) em relação a 2005.

A média diária das exportações fechou o ano em US$ 552,1 milhões. Em 2005, as exportações somaram US$ 118,308 bilhões, com média diária de US$ 471,3 milhões. Em comparação à media diária, as exportações apresentaram um crescimento de 17,1%.

Já as importações brasileiras apresentaram um crescimento (pela média diária) de 25,2% em comparação a 2005, quando as compras externas somaram US$ 73,599 bilhões. A média diária das importações em 2006 foi de US$ 367 milhões, ante US$ 293,2 milhões em 2005. Em valores nominais, as importações apresentaram um crescimento de 24,2% em 2006 em comparação a 2005.

Dezembro

O saldo da balança em dezembro fechou com um superávit de US$ 5,012 bilhões, o segundo melhor resultado do ano, perdendo apenas para julho, quando o superávit foi de US$ 5,6 bilhões. As duas últimas semanas de dezembro fecharam em US$ 1,038 bilhão e em 1,641 bilhão, respectivamente.

O ano de 2006 teve 249 dias úteis, ante 251 dias em 2005.

O MDIC também anunciou ontem a meta de exportações em 2007, de US$ 152 bilhões. Essa projeção significará um aumento de 10,5% das exportações em relação às registradas em 2006 (US$ 137,471 bilhões).

Essas estimativas levam em conta a preservação do atual nível da taxa de câmbio em torno de R$ 2,15 por dólar, de acordo com o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho. A estimativa está fundada, na prática, na perspectiva do Ministério de elevação da atividade industrial neste ano em função, especialmente, das medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deverá ser anunciado neste mês.

Segundo Ramalho, o crescimento de 10,5% dos embarques deste ano será compatível com as perspectivas de expansão do comércio mundial. Representará, entretanto, um crescimento bem menor do que o registrado em 2006, que foi de 17,1%.

Para o desempenho de 2007, o Ministério do Desenvolvimento considera, além do impacto do PAC, a continuidade do processo de diversificação de mercados. "O Brasil não é dependente de um país ou de uma região. O principal mercado comprador de produtos brasileiros, os Estados Unidos, correspondem a 20% das exportações. O restante é distribuído em mais de uma centena de países", disse Ramalho.

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