Superávit da balança supera previsões do governo: US$ 46 bi em 2006

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A balança comercial brasileira fechou 2006 com superávit recorde de US$ 46,077 bilhões, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O resultado superou as expectativas do governo, que esperava um saldo de US$ 44 bilhões.

O câmbio valorizado não teve força suficiente para inibir as exportações brasileiras em 2006, que atingiram a cifra de US$ 137,471 bilhões, um crescimento de 16,2% em relação ao ano anterior.

O valor supera em mais de US$ 2 bilhões a meta de US$ 135 bilhões estipulada pelo governo e tem como principal explicação os elevados preços internacionais, puxados pela demanda mundial.

As importações foram de US$ 91,394 bilhões (+24,2% em relação a 2005) e também bateram recorde, mas o montante importado já era esperado.

Os números do comércio exterior surpreenderam os especialistas, como o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto Carvalho, que estimava um total exportado de até US$ 136,5 bilhões em 2006. Segundo ele, nem os mais otimistas acreditavam que a diferença entre exportações e importações ultrapassasse US$ 45 bilhões.

- Mais do que nunca o Brasil continua dependendo de commodities e o mundo continua dizendo o que o Brasil tem que exportar - disse o vice-presidente da AEB.

Em dezembro, a balança registrou superávit de US$ 5,012 bilhões.

Com 20 dias úteis, o mês de dezembro contribuiu para o superávit de 2006 com um saldo de US$ 5,012 bilhões. No período, foram exportados US$ 12,235 bilhões (média diária de US$ 611,8 milhões) e importados US$ 7,223 bilhões (média diária de US$ 361,2 milhões).

Nas duas últimas semanas do ano, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, as exportações totalizaram US$ 5,702 bilhões, e as importações US$ 3,023 bilhões.

O vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto Carvalho, acredita, porém, que os grandes destaques da pauta de exportações na última semana tenham sido petróleo e minério.

- São os únicos produtos capazes de aumentar tanto em uma semana - afirmou o especialista.