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Arrecadação em alta e inflação menor ajudaram a melhorar as contas do governo. Em janeiro, o chamado superávit primário – a economia que o setor público faz para pagar juros da dívida – foi o segundo maior da história. Juntos, os governos federal, estaduais e municipais e as empresas públicas pouparam pouco mais de R$ 26 bilhões no mês, resultado inferior apenas ao de setembro de 2010 (R$ 27,8 bilhões), quando houve a capitalização da Petrobras.

Em janeiro, os fatores determinantes foram o pagamento recorde de impostos pela população e pelas empresas, em razão do aquecimento da economia; e o crescimento mais moderado das despesas com juros da dívida.

Poupança versus juros

A diferença entre o superávit primário (o dinheiro poupado) e o montante destinado ao pagamento de juros resultou em um superávit nominal de R$ 6,3 bilhões em janeiro, equivalente a 1,89% do Produto Interno Bruto (PIB). Mas essa sobra está longe de representar a rotina das contas públicas.

No período de 12 meses até janeiro, o superávit primário das contas do setor público consolidado subiu de 3,11% para 3,30%, o equivalente a R$ 137 bilhões. Esse montante, no entanto, foi insuficiente para cobrir os juros do pe­­ríodo. Com isso, no acumulado em 12 meses o setor público amargou um déficit nominal de R$ 100,1 bilhões, o equivalente a 2,41% do PIB – número ligeiramente melhor que o verificado em dezembro de 2011 (2,61% do PIB).

Dívida maior

A relação entre a dívida pública e o PIB subiu de 36,5% em dezembro para 37,2% em janeiro, acima do que previa o BC. O motivo foi o câmbio. Como o Brasil tem mais reservas em dólares que dívidas, quando o preço da moeda norte-americana cai, a dívida líquida aumenta.

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