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A economia feita para pagar juros da dívida pública e tentar manter sua trajetória de queda, conhecida como "superávit primário" no jargão financeiro, pode recuar para até 2,15% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, confirmou nesta quinta-feira (1º) o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa.

Atualmente, a meta de superávit primário para o próximo ano está em 3,3% do PIB. Entretanto, Nelson Barbosa confirmou que projeto aprovado nesta quarta-feira, pelo Congresso Nacional, permite abater 0,65% do PIB referentes ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no ano que vem. Em 2009, com o abatimento do PAC, a meta de 2,5% do PIB poderá cair para até 1,56% do PIB.

Caso o governo realize o abatimento de todo o PAC, o superávit primário de 2010 seria reduzido de 3,3% para 2,65% do PIB. Barbosa informou que, até o momento, o governo trabalha com a manutenção da meta em 3,3% do PIB para o próximo ano, ou seja, sem o abatimento dos gastos do PAC.

Além do abatimento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda lembrou que o governo também poderá optar por gastar, em 2010, o chamado fundo soberano - que possui cerca de R$ 15 bilhões, ou 0,5% do PIB.

Caso gaste os R$ 15 bilhões do fundo soberano, ou 0,5% do PIB, o superávit primário cairá em igual proporção. Com o abatimento do PAC e a utilização do fundo soberano, portanto, a economia feita para pagar juros poderia cair para até 2,15% do PIB em 2010, ano eleitoral.

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