A sustentabilidade econômica, social e ambiental do café desponta como o principal desafio da Organização Internacional do Café (OIC) para os próximos anos, disse à Agência Efe o diretor-geral da entidade, Robério Silva.
O principal organismo internacional a serviço do café, composto por mais de 70 países do mundo, olha para o futuro com uma política centrada na produção sustentável do grão.
"A sustentabilidade centra o debate da OIC. Temos que garantir que o produtor seja visto como a principal forma de garantir a sustentabilidade do grão", disse Robério em Belo Horizonte, que sedia o encontro dos 50 anos da OIC durante a Semana Internacional do Café.
Neste sentido, lembrou que as quatro principais indústrias de torrefação do grão no mundo se comprometeram a aumentar as vendas de café "sustentável" dos atuais 8% para 25% em 2015.
Durante a reunião, que vai até quinta-feira, a organização espera definir medidas para atenuar os problemas enfrentados por alguns países produtores, como a propagação da doença da ferrugem e a queda nos preços.
É exatamente o baixo preço do grão que, segundo o diretor-executivo da OIC, mais ameaça a sustentabilidade econômica do café. E destacou o papel da OIC para aumentar a estabilidade do setor cafeicultor.
"Nos últimos 25 anos a OIC recolheu e distribuiu estatísticas que ajudaram muito a aumentar a transparência no mercado internacional de café".
É a primeira reunião que a OIC realiza no Brasil, principal produtor e exportador mundial de café, já que a maioria dos encontros acontece em Londres, sede da organização internacional.
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