• Carregando...

Enquanto a Varig suspende vôos, perde mercado e opera com menos de 20 aeronaves, TAM e Gol reforçam frotas e ampliam o número de vôos para atender aos órfãos da ex-maior companhia aérea do país.

Nesta quinta-feira, até às 11h, a Varig já havia cancelado 33 vôos dos 88 programados, sendo 23 nacionais (de 66 previstos) e 10 internacionais (de 18 planejados), segundo dados da Infraero.

A Gol recebeu esta semana mais um avião 737-300, sua 49ª aeronave, para fazer o trecho Vitória/ Guarulhos(SP)/ Goiânia/ Brasília/Teresina. De sexta-feira até domingo, a novata do setor aumenta também o número de vôos, que serão divulgados ainda nesta quinta-feira.

- Esse novo avião já é um reforço, não estava previsto - disse a assessoria da Gol.

Até o final do ano, a empresa prevê ter uma frota de 60 aviões, dez vezes mais do que no início da sua operação, em janeiro de 2001. A partir de julho começa a receber a encomenda firme de 60 aviões 737-800 da Boeing.

Já a líder de mercado TAM foi mais ágil na corrida pelos passageiros da Varig e anunciou na quarta-feira a introdução de mais 14 vôos para Brasília, Porto Alegre, Curitiba, partindo de Congonhas (SP), até sexta-feira, quando poderá ser decidido o destino da Varig.

A frota da TAM também foi aumentada em cinco aviões este ano, para 83 no total, e a previsão é de fechar o ano com 90 aviões, cinco a mais do que o projetado em dezembro do ano passado.

O consórcio NV Participações, formado por trabalhadores da Varig e único a apresentar proposta no leilão da companhia, em 8 de junho, tem até sexta-feira para depositar a primeira parcela de US$ 75 milhões pela compra da empresa.

Se o depósito não for feito e a Justiça determinar a falência da empresa, será implantado um plano de contigência que a agência reguladora do setor, a Anac, vem preparando há dois meses, segundo a assessoria do órgão, que inclui a distribuição de linhas nacionais e internacionais entre as empresas.

Até a decisão de sexta-feira, as empresas regulares do setor TAM, Gol, OceanAir e WebJet estão endossando passagens da Varig dependendo da disponibilidade dos aviões, sem esperar nada em troca, dentro de um plano emergencial proposto pela Anac. Segundo a assessoria da agência, as companhias estão usando apenas os lugares ociosos dos seus aviões para transportar os passageiros da Varig, por isso não precisarão ser ressarcidas.

"Dependendo da decisão da Justiça será implantado o plano de contigência definitivo e o esquema é diferente", informou a assessora da Anac nesta quinta-feira, sem poder adiantar o novo plano e antes de entrar em uma reunião onde serão discutidos os direitos do consumidor, em Brasília.

Interatividade

Você já enfrentou algum problema com os vôos ou bilhetes da Varig? Conte-nos sua história

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]