Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Paraná, Ratinho Junior (PSD), participaram do encerramento da 24ª Conferência Anual do Santander, na última quarta-feira (23). Juntos, os governadores falaram sobre investimentos e infraestrutura.
Em sua fala, Tarcísio destacou as parcerias público-privadas (PPP) em seu governo e a privatização de estatais. Como exemplo, o governador citou os planos para a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE).
“A EMAE é um business menorzinho, mas muito interessante [...] É uma privatização que a gente quer fazer também ou no final deste ano ou no início do ano que vem. Já está em estruturação, estamos caminhando com a venda total, uma saída total da empresa. E Sabesp, que é o nosso grande projeto. Com certeza vai ser a maior privatização do país nesses próximos anos. Pelo porte da empresa. Estamos falando da maior companhia de saneamento do Brasil”, afirmou o governador.
Para Tarcísio, a privatização da Sabesp vai permitir aumentar o poder de investimento da companhia e vai ajudar na universalização dos serviços, além de concorrer para a redução de tarifas.
Na mesma linha de Tarcísio, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, disse ter planos semelhantes em seu estado. Zema já enviou à Assembleia Legislativa uma proposta para mudar a Constituição mineira na tentativa de acabar com a necessidade de aprovação em referendo para venda da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).
A ideia de Zema é privatizar as duas companhias até o fim do seu mandato, que encerra em 2026.
Já o governador do Paraná, Ratinho Júnior, disse que segue trabalhando para viabilizar a entrada de capital privado na Companhia Paranaense de Energia (Copel) e na Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).
Os três governadores são cotados pela oposição como os principais nomes capazes de enfrentar o PT na corrida eleitoral de 2026 e, juntos, lideram o consórcio dos governadores do Sul e Sudeste na tentativa de fazer frente à mobilização dos governadores do Nordeste, que têm conseguido mais recursos do governo federal em comparação com as outras regiões do país.
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