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Rio de Janeiro – A taxa de desemprego no país subiu levemente no ano passado, mas o rendimento do brasileiro também cresceu, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desemprego ficou em 10 % cento, ante 9,8 % no ano anterior. Na comparação com o mês anterior, o desemprego em dezembro caiu de 9,5 % para 8,4 % mas ficou praticamente estável frente aos 8,3 % alcançados em dezembro de 2005.

Já o rendimento médio mensal cresceu 4,3 % no ano passado em relação à média de 2005, para R$ 1.045,75 reais. De 2003 a 2006, o rendimento cresceu em média 5,62 %. No último mês do ano, o rendimento avançou 0,6 % em relação a novembro e subiu 4,5 % ante dezembro de 2005. O rendimento médio real ficou em R$ 1.072,30 no mês passado. Embora sem recuperar perdas acumuladas nos quatro anos anteriores, em 2006 ocorreu uma melhora geral no rendimento dos trabalhadores. "O aumento no rendimento em todas as formas mostra um crescimento do poder de compra do trabalhador brasileiro. 2006 foi um ano em que houve aumento na qualidade do emprego, um reajuste forte no salário mínimo, inflação baixa e redução da informalidade no mercado de trabalho", explicou Cimar Pereira, economista responsável pela pesquisa mensal de emprego do IBGE.

A taxa de desemprego em 2006 subiu, em relação a 2005, devido à geração de postos de trabalho inferior à demanda. A população ocupada nas 6 maiores regiões metropolitanas do país cresceu 2,3 % ante 2005, mas a população desocupada avançou 4 %, ficando em 2,2 milhões em 2006. "O mercado de trabalho em 2006 foi favorável qualitativamente mas não quantitativamente", disse Pereira. Em 2003, a taxa média de desemprego ficou em 12,3 % e em 2004 em 11,5 %, e a expectativa no início de 2006 era que a taxa mantivesse a trajetória declinante.

Em 2006, o emprego com carteira assinada avançou 5,2 % frente ao ano anterior, ampliando o número de contribuintes à Previdência Social. De acordo com o IBGE, dos 20,2 milhões de ocupados, 12,7 milhões contribuíam com o INSS em 2006. A perspectiva é que o desemprego volte a subir em janeiro com o ressurgimento da procura por emprego e com a dispensa de funcionários temporários contratados em dezembro.

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