O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), negou que tenha havido ingerência do governo federal na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), da última quarta-feira, em reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual. "Legalmente, o Banco Central do País não é autônomo. Mas existe uma autonomia real do BC. Essa autonomia real subsiste em perfeita harmonia com o Ministério da Fazenda e a presidente da República", afirmou, em entrevista exclusiva concedida no início da tarde desta sexta-feira (2) à rádio Estadão/ESPN. "O Banco Central exercita na sua plenitude aquilo que acha conveniente. A questão é levada sobre o foco técnico", complementou.
O vice-presidente afirmou também que o País encontra-se em uma situação "muito tranquila" para enfrentar a crise econômica global. Ele citou como exemplos de medidas que fortalecem o País o aumento das reservas internacionais, hoje em torno de US$ 350 bilhões, o Fundo Soberano e a redução de impostos. "Os planos que o governo vem fazendo, como o Brasil Maior, são muito importantes porque vão na mesma linha da estratégia de atuação na crise de 2009, de que vamos continuar a produzir e a consumir. Isso evitou uma crise de maiores proporções", frisou.
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