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Números

R$ 686 milhões é o patrimônio total dos fundos de renda fixa do Brasil – o equivalente a 31% do mercado de fundos do país.

Prazo

As aplicações de renda fixa (incluindo os fundos de renda fixa e DI, entre outros) tem uma tabela de Imposto de Renda que premia quem deixa o dinheiro aplicado por mais tempo. As alíquotas vão de 22,5% (para quem aplica por menos de 6 meses) a 15% (dois anos ou mais). Por isso o prazo da aplicação é tão importante. Como a poupança não tem tributação, ela é vantajosa em relação a aplicações de curto prazo nos fundos de renda fixa.

Depois do nono corte consecutivo na taxa básica de juros – que chegou a 7,5% na semana passada por determinação do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central –, os investidores em dúvida entre aplicações na poupança ou em fundos de renda fixa terão de redobrar a atenção para obter maior rentabilidade.

Pelas novas regras da poupança, fixadas em maio deste ano, a poupança rende 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR). Portanto, sempre que o valor da taxa básica estiver igual ou abaixo de 8,5% o rendimento da poupança cai. Hoje, com a Selic em 7,5%, o rendimento da poupança é de 5,25% ao ano ou 0,427% ao mês.

Dois fatores fundamentais a serem observados pelos investidores na hora de comparar são o tempo de aplicação e a taxa de administração dos fundos de investimento. Com a taxa Selic em 7,5%, os fundos de investimento com prazo de até seis meses só conseguem superar a rentabilidade da poupança se a taxa de administração for inferior ou igual a 0,5%. Se a taxa de administração subir para até 1%, o tempo de resgate precisa ser de um a dois anos para superar o rendimento da poupança. "Neste caso, o retorno seria de 5,36% ao ano", explica o gestor de investimentos da Inva Capital, Luiz Augusto Pacheco, responsável pela simulação.

Para levar em conta

Segundo Pacheco, a maioria dos fundos de investimento do varejo (para pequenos e médios investidores) está menos vantajosa que a poupança. Ele ressalta ainda que quem optar por um fundo de investimento também deve incluir na conta os custos com Imposto de Renda (IR), que variam de acordo com o tempo de aplicação. "Quanto maior o prazo para o resgate menor é o imposto incidente, que vai de 22,5% a 15% para investimentos com prazo superior a dois anos", explica ele.

Quem está disposto a esperar mais de dois anos para resgatar o investimento pode encarar fundos com taxas de administração entre 1% e 1,5%. No caso de uma taxa de administração de 1%, por exemplo, o rendimento chega a 5,53% com alíquota de IR de 15%.

Preferida dos investidores mais conservadores, a poupança não exige taxa de administração e tampouco está sujeita a tributação do IR. As simulações mostram que a rentabilidade da poupança vem superando a rentabilidade dos fundos nos investimentos com prazo inferior a seis meses, independente da taxa de administração. Para prazos maiores é preciso comparar as taxas de administração do fundo desejado.

Vantagem dos antigos

Investidores que possuem a caderneta antiga estão em vantagem, principalmente neste cenário de redução da taxa básica de juros. Quem fez depósitos antes do dia 3 de maio, quando passaram a vigorar as novas regras para a poupança, continua tendo rendimento de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) que, somados, chegam a 6,17% ao ano. "A poupança antiga bate todos os cenários. Na melhor das hipóteses, considerando taxa de 0,5% e resgate acima de dois anos, o fundo ainda terá rendimento de 0,49%", destaca Miguel da Oliveira, vice-presidente da Anefac.

Segundo ele, os bancos vão precisar reduzir ainda mais a taxa de administração e o valor mínimo para aplicação dos fundos para não perder clientes. "Quando a Selic estava acima de 12,5%, eles cobravam 3% ou 4% de taxa de administração. Agora, com o juro mais baixo, não faz sentido", afirma ele.

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