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Rio – Se há um assunto que sempre suscita discussões é conexão. Apesar de as operadoras terem aumentado as opções de planos, ainda são muito comuns as reclamações a respeito da velocidade real atingida pela banda larga e dos preços cobrados. Mas o problema não se limita a isso. O mercado como um todo está uma confusão só...

O segundo ponto mais debatido é a necessidade (ou não) do provedor de acesso para a conexão. É ponto pacífico: a lei brasileira (e a agência regulatória do setor, a Anatel) não permite que empresas de telecomunicações ofereçam provimento de acesso. Por isso, a necessidade da figura do provedor. A questão é que o Vírtua, da Net, lançou o serviço Mega Flash, que pode ser usado com provedor gratuito, da própria Net. Furou a legislação, então?

"O Vírtua não deixou de exigir provedor. O Vírtua dá condições iguais para os provedores oferecerem os serviços em nossa rede. Se antes o provedor era uma espécie de pedágio, agora quem está no jogo deve acrescentar valor ao seu serviço", explica Márcio Carvalho, diretor de produtos e serviços da Net. O que Márcio quer dizer é que, tecnicamente, a figura do provedor não é indispensável para que haja conexão. Por isso, os provedores devem diversificar seus serviços para fazer parte da oferta de conexão.

Não é briga recente. E disputa entre provedores e grandes conglomerados de telecom e empresas de TV a cabo parece estar longe do fim. Os primeiros querem continuar prestando o serviço. Mas e o consumidor, o que deseja? O Vírtua foi investigar. Constatou que a autenticação via provedor incomoda – por isso a empresa criou a modalidade "click to go" (clique para ir). Ou seja, o usuário liga o computador e sai navegando, sem precisar conectar–se ao provedor.

O que os provedores acham disso? Não gostam, claro. "A legislação diz que as operadoras de telefonia não podem fornecer acesso à internet, para não virar monopólio. Isso favorece o usuário, já que o provedor oferece uma camada de serviços através do par de fios metálicos (infra–estrutura de acesso). Além disso, é o provedor que pressiona as operadoras para baixar o preço", diz Koiti Inagaki, diretor de produtos de acesso do Terra.

Ainda segundo Koiti, eliminar o provedor não significaria preço menor nem qualidade superior. Disse ainda que a autenticação via provedor serviria, dentre outras coisas, para identificar, para fins legais, quem acessa o serviço e a que horas.

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