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Brasil

Terceira geração é a esperança da indústria de celulares

O novo presidente da Abinee, eleito em 28 de março, disse que a discussão sobre regras para a terceira geração na telefonia celular devem ganhar corpo em até quatro meses

Com regulamentação ainda pendente, a telefonia celular de terceira geração (3G) é esperança para a indústria de aparelhos, disse nesta segunda-feira o novo presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato.

Após debate nesta manhã com o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, o presidente da Abinee insistiu nas críticas à valorização do real, cobrou uma política industrial para o setor e previu tempos difíceis para a indústria de celulares apesar de as exportações terem subido 22 por cento em 2006.

"Se a gente não fizer a opção pela terceira geração, nós vamos começar a diminuir sensivelmente as exportações de celulares", disse Barbato a jornalistas na sede da Abinee.

"Já existe fabricante que não está mais fabricando no Brasil como plataforma de exportação por causa do câmbio. A queda das vendas em função de demanda é a maior preocupação, mas acreditamos que com a chegada da terceira geração a gente consiga superar essa fase."

O novo presidente da Abinee, eleito em 28 de março, disse que a discussão sobre regras para a terceira geração na telefonia celular devem ganhar corpo em até quatro meses.

O ministro do Desenvolvimento recebeu da Abinee nesta manhã um estudo sobre os principais entraves para exportações, setor por setor, segundo Barbato. O estudo não foi divulgado à imprensa.

O presidente da associação disse que a iniciativa de mostrar a Miguel Jorge o estudo surgiu após comentários do ministro na semana passada de que os exportadores teriam de ser mais criativos para lidar com a questão do câmbio.

"Criatividade tem limite", disse o presidente da Abinee, acrescentando que o câmbio se valoriza desde 2003, gerando problemas para os negócios das empresas. Nesta segunda-feira, a moeda norte-americana encerrou perto dos dois reais.

Barbato, que fica no cargo até 2010, também demandou uma política industrial do governo. Assim, segundo ele, o país não ficaria à mercê das vontades do mercado.

"Todo país faz política industrial, inclusive os países desenvolvidos... do jeito que a coisa vai (sem política industrial), nós só vamos excluir gente. Fechando as indústrias, eu quero ver se vamos poder sair de casa", declarou.

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