A necessidade de aumentar a capacidade de geração de energia elétrica para sustentar um crescimento robusto da economia está empurrando o Brasil em direção a uma matriz energética mais suja. Com a implementação dos projetos em construção e os licenciados nos últimos anos, a participação das térmicas deve passar dos atuais 25% para 31,4%, aponta um estudo recente feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Embora aí estejam incluídas usinas de biomassa, consideradas menos poluentes, a alta da participação das termelétricas na matriz é puxada pelas fontes de combustíveis fósseis, como óleo diesel e carvão mineral. Dentre os empreendimentos à base térmica, os movidos a carvão mineral, um dos mais poluentes, praticamente triplicarão sua participação.
Ainda que o país não repita nos próximos anos a alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 7,5% registrada em 2010, o avanço de fontes mais poluentes é inevitável, de acordo com especialistas no tema. "A quebra dessa proporção é muito difícil, porque o Brasil vai crescer muito. Mesmo que seja um crescimento de menos de 5%, ele exige uma expansão grande da quantidade de energia disponível e apenas as fontes alternativas renováveis não dão conta de suprir", afirma Gesmar Rosa dos Santos, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea.
Com o objetivo de garantir que não faltará energia em períodos de baixo nível de água nos reservatórios das hidrelétricas, as térmicas integradas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) ficam de prontidão e são acionadas em situações emergenciais. Para as grandes indústrias, que instalam térmicas para uso próprio, essa é também é uma segurança de que haverá energia para tocar seus negócios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Meta fiscal mais frouxa do governo Lula piora expectativas e mercado joga juros para cima
Rebaixamento da meta aumenta desconfiança sobre as contas do governo Lula
Incertezas do Brasil fazem exportador deixar dólar no exterior e elevam pressão sobre câmbio
FMI amplia projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2024 e 2025
Deixe sua opinião