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Numa ação coordenada com o Banco Central, que fez ontem novas intervenções no mercado cambial, o Tesouro Nacional voltou a atuar no mercado de títulos públicos para reduzir a instabilidade no sistema financeiro, o que não fazia há mais de um mês. Foram realizados leilões de recompra de papéis prefixados (títulos LTN e NTN-F), cujo valor está em queda por causa da volatilidade causada nos mercado devido às incertezas sobre a mudança na política de estímulos econômicos do Fed, o banco central americano.

Embora tenham rentabilidade predefinida, o valor desses papéis varia até seu vencimento, podendo gerar perdas para o investidor que quer se desfazer deles antes, caso os compradores estejam exigindo taxas de juros mais altas. O objetivo da operação foi oferecer uma porta de saída para esses títulos, porque a queda no valor desses papéis estava elevando a procura por operações de hedge (proteção), o que traz mais instabilidade para o mercado. Nessas operações, o investidor troca sua "posição" em título prefixado por uma variação da taxa DI, que costuma acompanhar o comportamento da Selic, taxa básica de juros definida a cada 45 dias pelo Banco Central.

LTNs

O Tesouro se dispôs a comprar títulos com diversos vencimentos, de 2015 a 2023, mas adquiriu apenas três tipos, sendo a grande maioria de LTN para julho de 2016, porque não houve demanda pela venda dos demais ou porque as condições demandadas pelo mercado não foram consideradas razoáveis pelo governo. O valor total gasto na operação foi de R$ 1,6 bilhão.

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