Tomate e carne derrubam os preços da cesta básica

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O custo da cesta básica em Curitiba reverteu a tendência de alta do primeiro trimestre e recuou 5,55% em abril. Foi a terceira maior queda no período entre as capitais pesquisadas – atrás de Belo Horizonte (-7,46%) e Rio de Janeiro (5,74%). Entre os meses de janeiro e março, a cesta acumulava alta de 8,44% na capital paranaense. Com o resultado de abril, o aumento acumulado ficou em 2,42% – o menor do período entre as cidades estudadas. A maior alta acumulada foi registrada em Fortaleza, com 13,69%.

No último mês, nove dos 13 produtos que compõem a cesta básica apresentaram queda em Curitiba. Segundo o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese), Sandro Silva, o recuo no índice geral é resultado do ajuste de alguns preços que sofreram altas nos últimos meses, como o tomate e a carne. "Os preços estão voltando ao normal." Também tiveram queda o café (1,52%), farinha de trigo (1,88), banana (3,59%) e o óleo de soja (4,24%). A chegada da safra também derrubou o preço do arroz (5,73%), do feijão (8,25%) e do açúcar (6,85%). Em contrapartida, maior aumento foi registrado no preço da batata, 30,46%.

O preço do tomate foi o que sofreu maior variação negativa, cerca de 24%. "Mas é preciso lembrar que ele havia subido mais de 100% nos primeiros três meses do ano em razão de problemas climáticos." Em função da nova safra, a tendência é que o preço, ainda muito inflacionado, continue caindo. De acordo com o Dieese, o preço médio do quilo do produto em abril era de R$ 2,41. No fim do ano passado, no entanto, era de R$ 1,58, chegando a R$ 3,17 em março.

O preço da carne também está se ajustando, depois de sofrer forte alta no segundo semestre do ano passado. Segundo o economista do Dieese, com a queda do mês passado (6,72%), o produto chegou ao preço médio de R$ 8,75 (o quilo do coxão-mole). Em abril de 2006, o preço médio era de R$ 8,92%.