A montadora de automóveis Volkswagen perdeu sua posição de liderança nas vendas mundiais para o conglomerado japonês Toyota. Em comunicado nesta segunda-feira (26), a Toyota afirmou ter vendido 7,49 milhões de veículos entre janeiro e setembro deste ano, superando os 7,43 milhões de automóveis vendidos pela Volkswagen no mesmo período. A mudança vem três meses depois de um escândalo envolvendo a companhia alemã, acusada por autoridades americanas de falsificar informações sobre emissões de poluentes.
Os resultados das duas montadoras mostram queda de 1,5% nas entregas. Dentre as cifras da Toyota, incluem-se Daihatsu e Hino, enquanto as vendas do grupo alemã somam os resultados de Audi, Seat, Skoda, Bentley, Bugatti, Lamborghini y Porsche.
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Leia a matéria completaO impacto do escândalo das emissões da Volkswagen sobre as vendas pôde ser sentido nas últimas duas semanas. A Toyota, no entanto, também tem sido negativamente afetada pela recente chamada de revisão de 11 milhões de veículos por conta de uma falha técnica, além da queda das vendas na China decorrente da desaceleração da economia do país. Apenas nos primeiros nove meses do ano, a empresa japonesa registrou recuo de 7,4% nas vendas para a segunda maior economia do mundo.
“A Toyota fechará o ano como número um”, disse Koji Endo, analista especializado em automóveis da Advanced Research Japan à Bloomberg. “A Volkswagen enfrenta dificuldades nos EUA e na União Europeia por conta do escândalo e a economia da China não deve voltar ao seu estado anterior tão cedo.”
Escândalo
O escândalo de emissões do conglomerado alemão levou à renúncia do seu diretor-presidente, Martin Winterkorn. Sob sua gestão, a montadora superou a Toyota e a General Motors e se converteu no líder mundial de vendas. Entre janeiro e setembro de 2015, as vendas da General Motors caíram em 1,9%, chegando a 7,2 milhões de veículos entregues.
A Volkswagen busca amenizar o impacto que vem sofrendo nos últimos meses por meio de duas frentes. Por um lado, tenta reduzir o desgaste na imagem da empresa com uma visita do seu novo presidente, Matthias Müller, e da chanceler federal alemã, Angela Merkel, à China. Por outro lado, anunciou um recorte no número de empregados temporários em antecipação à queda na demanda global que já é sentida nas contas trimestrais.
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