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A fábrica de botões Diamantina Fossanese, instalada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) há três décadas, ainda ocupa os 7 mil metros quadrados de antigamente com seus seis grandes galpões. A diferença é que eles nem de longe lembram o ápice da empresa, que na década passada empregava 600 pessoas e dominava 90% do mercado nacional de botões. O número de funcionários caiu até chegar a 200 três anos atrás e participação no mercado é de 5%.

O cenário seria ainda pior se não fosse a perseverança de 90 trabalhadores. Enquanto muitos, desiludidos, foram tentar a vida em outro lugar, esse grupo resistiu ao descaso dos diretores após a morte do fundador, o italiano Giovani Olivero. Em meio à perspectiva de falência, eles ocuparam a fábrica no início de 2004. Ficaram lá por três meses, revezando-se em turnos, sem produzir ou vender. Até que foram autorizados pela Justiça a assumir a direção da empresa. A Diamantina, hoje chamada Cooperbotões, virou um símbolo da economia solidária do Paraná.

Os trabalhadores precisaram aprender a administrar uma empresa. Tanto que o presidente eleito da empresa – o ex-porteiro Carlos Fontana – até incorporou boa parte do vocabulário de quem trabalha no "andar de cima": "A ociosidade da fábrica está em 70%. E isso aumenta o custo fixo do produto final. A gente tem potencial para faturar R$ 1 milhão por mês, mas por enquanto é difícil tirar mais que R$ 200 mil." (FJ)

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