Trabalhadores da Bosch aceitam PLR e encerram greve

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Uma audiência de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), ontem, encerrou a greve dos metalúrgicos da Bosch, que durou uma semana. O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) aceitou a proposta apresentada pela empresa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2011 de R$ 6,5 mil para 100% das metas, com a antecipação da 1.ª parcela de R$ 5,2 mil para o dia 1.º de julho.

O sindicato afirmou que os trabalhadores retomariam as atividades ainda ontem. Às 6 horas de segunda-feira haverá uma assembleia para explicar os termos do acordo aos trabalhadores. A unidade da Bosch na Cidade Industrial de Curitiba produz bombas injetoras para veículos a diesel – fornecidas para montadoras de veículos pesados (ônibus, caminhões e tratores). A maior parte das vendas da unidade é exportada.

Segundo o sindicato, o acordo foi firmado após diversas rodadas de negociação e duas audiências no TRT. Na primeira delas, realizada na quarta-feira, a desembargadora Rosemarie Diedriches Pimpão, que presidiu a sessão, havia sugerido uma proposta de conciliação com PLR de R$ 7 mil para 100% das metas. A Bosch recusou a proposta e ofereceu PLR de R$ 6 mil para cumprimento de 100% da metas, com a primeira parcela de R$ 5,2 mil e pagamento em julho. Os metalúrgicos reivindicavam PLR de R$ 9 mil, com a primeira parcela de R$ 5 mil.

Na terça-feira, a Bosch havia conseguido dividir o movimento grevista propondo uma PLR de R$ 6 mil, que foi aceita pelos funcionários administrativos (que representam cerca de 25% do total do quadro pessoal). Com o novo acordo, porém, todos os trabalhadores receberão R$ 6,5 mil de PLR.

Para o presidente do SMC, Sérgio Butka, o acordo fechado não é o ideal, mas foi a solução encontrada para encerrar a greve. Butka questiona uma suposta pressão da empresa para que os trabalhadores voltassem ao trabalho. Houve ainda um acordo para a compensação dos dias parados. Apenas 30 das 40 horas que os funcionários não trabalharam serão compensadas. A compensação não poderá ser realizada aos domingos e feriados e terá um limite de quatro horas por mês.