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Os trabalhadores da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) aguarda até a manhã desta quinta-feira (12) por uma resposta da empresa para as exigências de melhorias nas condições de saúde e segurança feitas pelo Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR-SC). De acordo com o presidente do sindicato, Silvaney Bernardi, a refinaria afirmou que dará um retorno para a pauta elaborada durante as assembleias realizadas na semana passada até a tarde desta quarta-feira (11). Os trabalhos transcorreram normalmente hoje.

Caso os trabalhadores concordem com a paralisação, mais de 800 pessoas envolvidas na manutenção cruzarão os braços, o que afetará a reforma da Unidade de Destilação U-2100, cujo funcionamento foi paralisado em consequência do acidente ocorrido no dia 28 de novembro. "Um dos pontos da nossa pauta já foram atendidos pela Repar, que foi a formação de um grupo de trabalho, com a participação do sindicato, para acompanhar a manutenção da unidade danificada", disse Bernardi.

Desde o acidente a produção na refinaria está totalmente parada, pois a unidade afetada é o ponto de partida de processo de refino do petróleo. Boa parte dos trabalhadores que estão ajudando nos reparos são funcionários da Repar. A paralisação desses trabalhadores pode atrasar a recuperação da unidade e complicar ainda mais o cenário do abastecimento de combustível no Paraná e em Santa Catarina.

A estimativa do sindicato dos petroleiros é de que há mais de 300 profissionais trabalhando na recuperação da unidade. Na última semana, parte da unidade afetada pelo acidente foi interditada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego(SRTE/MTE) porque o local oferecia riscos aos trabalhadores envolvidos na recuperação.

Pauta de reivindicações

Segundo o Sindipetro PR-SC, a pauta contém 17 reivindicações relacionadas à saúde e segurança dos trabalhadores e foi motivada por problemas de segurança que foram agravados após o acidente na refinaria. Uma dos principais pedidos do sindicato é pela recomposição do efetivo de trabalhadores próprios que, segundo Bernardi, tem sido constantemente reduzido nos últimos meses. Além disso, o sindicato reclama do corte de investimentos destinados à manutenção da refinaria, por meio do Programa de Redução de Custos Operacionais (Procop), que pode levar a outros acidentes.

Segundo Bernardi, a preocupação do sindicato é com o sucateamento da refinaria e diminuição do número de profissionais, aspectos que têm impacto direto na segurança dos trabalhadores. "Houve um descaso da Repar em relação a todos os nossos avisos feitos antes do acidente sobre as condições de segurança de algumas unidades. As principais queixas de falta de segurança nos últimos tempos eram justamente dos trabalhadores da Repar e do funcionários da Refinaria de Manaus (Reman), onde um acidente no dia 1º de dezembro deixou três trabalhadores feridos", relata.

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