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Trabalhadores dos navios da Transpetro, subsidiária da Petrobras que opera os petroleiros de transporte da empresa, pretendem entrar em greve no próximo sábado (14), no que poderá ser a primeira greve enfrentada pelo governo interino de Michel Temer – caso a abertura do processo de impeachment seja aprovada pelo Senado.

Segundo nota divulgada pelo Sindmar (Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante), pelos menos 2,2 mil marítimos da Transpetro farão uma greve por melhores condições de segurança e de trabalho nos navios que prestam serviço para a estatal.

Nas contas dos sindicato, a operação de pelo menos 50 navios da companhia poderão ser afetadas pela paralisação. A greve foi decidida em assembleia ocorrida no último dia 4.

No final do mês de abril, os trabalhadores já se mobilizavam diante da informação sobre uma possível venda da Transpetro durante o programa de desinvestimento da Petrobras. A estatal colocou a venda ativos com objetivo de fazer caixa e reduzir sua dívida.

Oficialmente, a transportadora ainda não foi incluída no plano de venda, mas o diretor financeiro da estatal, Ivan Monteiro, afirmou em janeiro que avalia possibilidade de negócios com a Transpetro.

Em nota divulgada nesta quarta-feira (11), o Sindmar afirma, contudo, que a principal motivação para a greve é a melhora das condições de trabalho.

“A atual administração da Transpetro não demonstra compromisso com a segurança operacional de seus navios. A segurança pode ser certificada e não existir na prática. Ela ignora o aspecto motivacional na relação de trabalho de seus marítimos. Em essência é este descompromisso que leva os navios a pararem. Falta-lhes um repouso condizente com o que o mercado oferece e isonomia com os empregados de terra, no que se refere à segurança do emprego”, disse.

Crise política

O sindicato também afirma que a greve não tem qualquer relação com a crise política instalada no país. Por meio de sua assessoria, o sindicato informou que os trabalhadores inicialmente decidiram que a greve ocorreria nesta terça-feira (10), mas a mobilização foi adiada para evitar relação com as manifestações contra a votação no Senado do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O Sindmar não é ligado a nenhuma central sindical. Ele responde à Federação dos Marítimos que, por sua vez, é filiada a Conttmaf (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e Aéreos).

Procurada, a Transpetro ainda não se manifestou.

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