Trabalhadores que montam fábrica de pneus podem voltar ao trabalho

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A paralisação dos trabalhadores da empreiteira Sankyu S.A., que atuam na montagem de máquinas industriais da fábrica que a empresa japonesa de pneus Sumitomo Rubber está instalando em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba, deve terminar nesta terça-feira (26). A decisão ainda depende de uma assembleia com os funcionários, mas uma proposta foi feita pela empresa e os sindicalistas acreditam que os termos devem ser aceitos em votação marcada para começar às 8 horas da manhã.

As obras na planta ficaram paradas durante todo o dia e uma audiência foi realizada na tarde desta segunda-feira (25). A Sankyu, na reunião mediada pelo Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR), propôs fazer uma fiscalização criteriosa sobre as irregularidades denunciadas pelos trabalhadores desde a última semana.

Os representantes disseram que vão resolver os problemas relatados pelos funcionários. Os empregados denunciaram que a alimentação tinha má qualidade, a hospedagem era feita em alojamentos precários e não havia controles de horas feitas. Além disso, a reivindicação é pela construção de banheiros, e pagamento de auxílio para cesta básica.

A empresa se comprometeu a ceder nestes pontos, além de mexer na remuneração. A Sankyu garantiu que pagará horas extras de 60% além do valor normal em dias convencionais e vai remunerar os empregados em 120% a mais que a folha de horários previstos nos feriados. Além disso, a carga-horária será remanejada e os funcionários não precisarão mais trabalhar aos sábados.

"Vão ser feitas quatro horas a mais durante a semana pra gente não precisar mais trabalhar no sábado. Eles pediram também para que a gente volte ao trabalho, porque não tem mais jeito de avançar.

Estamos perto da nossa data-base, em junho, então queremos ver se aceitamos essa proposta para conseguir o restante na data-base", relata Antonio Lemos do Prado, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Montagens e Manutenção nas Áreas Industriais (Sindimont).

A reportagem entrou em contato com o advogado da Sankyu para obter um posicionamento, mas o celular estava desligado.