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z Assim como em qualquer negócio, a boa fé deve reger a relação entre o criador/vendedor e o comprador de um animal de estimação. Para que isso ocorra, não só as informações sobre as condições de saúde do animal devem ser repassadas, mas também as próprias características da raça devem ser explicadas de forma clara e transparente."Se é um cão que pula muito, ele pode não ser indicado para quem tem idosos em casa; quem tem crianças pode preferir cães menores", exemplifica a coordenadora do Procon-PR, Claudia Silvano. "Vale a transparência e a boa fé das partes. É importante que o criador ou vendedor informe quais vacinas já foram aplicadas e o calendário das próximas, assim como os cuidados necessários com a alimentação."Segundo João Ihor Huckzok, do Kennel Clube da Grande Curitiba (KCGC), o criador tem a obrigação de vender os filhotes já com a primeira dose de vacinação, aplicada 45 dias após o nascimento da ninhada. "As doenças mais comuns nos filhotes têm um prazo de incubação de 10 a 15 dias. Se a doença aparece depois desse prazo, o criador já não pode ser responsabilizado", afirma. A médica-veterinária Mariana Hecke Tramontin, da Clínica Veterinária do Batel, lembra que os filhotes são mais suscetíveis a algumas doenças. "O ideal é que os donos não exponham os filhotes em praças ou lugares com concentração de outros animais antes de completar o ciclo de vacinação", recomenda. Ela vê casos em que os filhotes chegam à clínica com problemas, mas o dono prefere custear o tratamento ao invés de devolvê-lo ao criador. "As pessoas se apegam ao filhote e não querem trocá-lo, por tratá-lo como uma vida e não como objeto", explica. "Diante de qualquer problema, o ideal é primeiro consultar o criador, e não chegar com a conta do veterinário, o que pode gerar desentendimentos. A conversa é sempre o melhor caminho", diz Huckzok. Ele explica que, mesmo diante de um "problema" grave, entende quando o dono não quer trocar o animal. "Aí entra a ética do criador. As pessoas podem não querer trocar por conta do afeto e o criador chega a dar um novo animal", afirma. O criador cita o caso de um cachorro de seu canil que morreu picado por uma cobra dois meses depois de ser vendido. "Eu vi o dono chorando porque amava o animal e dei outro para ele. Quem cria animais faz isso por paixão, e não apenas visando o lucro." (ACN)

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