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A Refinaria

Produção da Repar representa 12% da produção nacional do refino de petróleo

A Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) é a principal do Paraná e a maior do sul do Brasil, com capacidade de refino de 189 mil barris de petróleo por dia, o que representa 12% da produção nacional. A Repar também produz gasolina, óleo diesel e gás de cozinha.

Na última sexta-feira (29) uma explosão em uma das unidades da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, região metropolitana de Curitiba, comprometeu a produção do complexo industrial. A Unidade de Destilação U2100, onde o óleo cru passa pelo primeiro refino, ficou destruída depois que a tubulação rompeu e está completamente parada.

De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro-PR-SC), a projeção é que a unidade fique pelo menos 30 dias parada. "O estrago ainda está sendo analisado e em breve deve começar a manutenção, que vai consistir no conserto de algumas peças e na substituição de outras", comenta o diretor do órgão, Anselmo Ruosso Júnior.

Ainda segundo ele, a unidade danificada pode gerar um efeito cascata que compromete a produção de todo o complexo industrial. "Essa unidade é a que recebe o óleo cru, é onde acontece o primeiro processo de refino para dali sair o insumo para as demais. Se a primeira para de produzir, todas as ficam prejudicadas. As cargas, em outras unidades, já foram diminuídas", indica Ruosso.

Ainda na sexta-feira, a Petrobras lançou nota informando o ocorrido e, na ocasião, a empresa afirmou que se tratou de um princípio de incêndio sem grandes proporções. O sindicato rechaça a afirmação e diz, inclusive, que sem o funcionamento Unidade U2100, a refinaria pode parar.

A Petrobras não confirma essa possibilidade. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da estatal e aguarda retorno sobre essa questão desde as 10 horas.

Dano ambiental

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) afirma que esteve no local para fazer avaliação do dano ambiental causado pelo acidente. Como não houve vazamento para fora do terreno da Repar, é a empresa estatal que fica responsável pela retirada e destinação do solo contaminado. A Petrobras ainda deverá apresentar um relatório de impacto ambiental, em 20 dias, que inclui a destinação do solo contaminado pelo óleo e um acompanhamento da qualidade da água do Rio Barigui, que fica nas proximidades. Só depois da publicação desse relatório é que será possível precisar o volume de óleo que vazou e área de solo contaminado.

Vídeo

O Sindipetro-PR-SC divulgou, nesta segunda, um vídeo atribuído ao incidente que aconteceu na Repar. De acordo com o sindicato, foram várias explosões com chamas que ultrapassaram a altura de 50 metros de altura. Assista:

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