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Tripulantes da Avianca entram em greve, e voos são cancelados no Rio e em SP
| Foto: Divulgação/Avianca

Parte dos voos nacionais da Avianca que passam pelos aeroportos Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, está sendo cancelada após pilotos, copilotos e comissários entrarem em greve às 6 horas desta sexta-feira (17).

São barradas tanto as decolagens dos voos normais quanto as dos voos em trânsito – quando é feito a escala nesses aeroportos. Nesse segundo caso, os pilotos foram instruídos pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) a ler um discurso aos passageiros. A Gazeta do Povo consultou a página criada pela Avianca para informar os passageiros sobre os voos cancelados desde abril em razão da recuperação judicial, mas os voos desta sexta-feira (17) não estão na listagem.

No site da Infraero, mais de dez voos da companhia, partindo ou de Congonhas ou do Santos Dumont, já tinham sido cancelados.

Na quinta (16), o TST (Tribunal Superior do Trabalho) acolheu parcialmente um pedido da empresa e determinou que devem ser mantidos ao menos 60% dos empregados durante a paralisação, que não tem data para acabar e deve durar até as reivindicações do grupo serem atendidas.

Eles pedem que a Avianca Brasil, em recuperação judicial desde dezembro, pague salários, rescisões e benefícios atrasados de seus funcionários, como vale-alimentação, férias, FGTS e diárias de viagens. Também argumentam que os atrasos e o clima de incerteza sobre a continuidade das operações da companhia geram uma situação que pode afetar a segurança dos voos.

De acordo com o sindicato, a Avianca demitiu ao menos 900 pessoas desde segunda (13), quando a empresa começou uma demissão em massa, sendo que um terço delas foi desligado nesta quinta-feira (16). O número de demitidos, porém, pode ser maior, porque não inclui os aeroviários, que atuam no solo.

Além dos demitidos, há 200 profissionais que pediram licença não remunerada e cerca de 1.200 que aderiram a um plano de demissão voluntária da companhia, segundo Ondino Dutra, presidente do sindicato. Ele diz que permaneceram na Avianca cerca de 700 tripulantes.

"A empresa se desmanchou. Separou uma pequena sala de 30 m² para fazer as demissões. Tivemos de alugar um espaço com verba do sindicato para viabilizar [o atendimento aos demitidos]", afirmou Dutra na quinta (16).

O que diz a empresa

Em nota, a Avianca informou que "entende e respeita a manifestação de parte de seus colaboradores" e "não está medindo esforços para cumprir as etapas de seu Plano de Recuperação Judicial e garantir suas obrigações com seus funcionários".

A empresa acrescentou ainda que a segurança operacional de seus voos continua sendo sua principal prioridade e está totalmente mantida. "Os passageiros em voo continuam tendo à disposição todos os serviços e atendimentos que, eventualmente, precisem. Estamos totalmente empenhados em minimizar ao máximo o impacto a seus passageiros."

A companhia aérea informou que a decisão de cancelar 13 voos se deu na última quinta, para minimizar os efeitos da greve. Outros sete voos foram cancelados no aeroporto Santos Dumont por conta do mau tempo.

A empresa também disse que espera que o sindicato "cumpra a decisão da Justiça de manter, ao menos, 60% da operação da companhia, e que os colaboradores que estão se apresentando para trabalhar sejam respeitados e não impedidos de assumir suas funções"

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